Violência

Polícia britânica divulga nome de autor de atentado em Londres

Segundo as autoridades, agressor se chama Khalid Masood; além do terrorista, que foi morto pela polícia, outras três pessoas morreram no ataque, todas já identificadas; grupo terrorista Estado Islâmico reivindica a autoria do ataque ocorrido quarta-feira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Autor do atentado em Londres foi identificado pela polícia londrina como sendo o britânico Khalid Masood
Autor do atentado em Londres foi identificado pela polícia londrina como sendo o britânico Khalid Masood (Autor do atentado em Londres foi identificado pela polícia londrina como sendo o britânico Khalid Masood)

LONDRES - O autor do atentado em Londres, na Inglaterra, na quarta-feira,22, foi identificado ontem pela polícia londrina como sendo o britânico Khalid Masood. A autoria do ataque foi reivindicada pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

Horas antes da divulgação do nome do terrorista, a primeira-ministra britânica, Theresa May, havia afirmado que as forças de segurança já tinham investigado o autor do ataque por conexão com atividades terroristas.

"O que posso confirmar é que o homem é britânico e que há alguns anos ele foi investigado pelo MI5 em relação a preocupações sobre extremismo violento. Ele era uma figura secundária. Ele não fazia parte do atual cenário da inteligência", declarou May no Parlamento.

Além do terrorista, que foi morto pela polícia, outras três pessoas morreram no ataque, todas já identificadas: o americano Kurt Cochran, que estava viajando com a mulher pela Europa, a professora britânica Aysha Frade, de 43 anos, e o policial britânico Keith Palmer, de 48 anos, que foi morto a facadas pelo agressor.

Prisões

Oito pessoas foram detidas em ao menos seis endereços de Londres, Birmingham e outras regiões do Reino Unido por suspeita de ligação com o atentando terrorista. De acordo com as autoridades, 40 pessoas ficaram feridas no ataque, entre elas três policiais. Uma mulher, gravemente ferida, foi retirada do Rio Tâmisa. Na manhã de ontem, 29 pessoas permaneciam hospitalizadas - sendo que sete delas estão em estado grave. Entre os feridos estão 12 britânicos, crianças francesas, dois romenos, quatro sul-coreanos, um alemão, um chinês e dois gregos.

Ataque

O ataque começou quando o agressor atropelou um grupo de pessoas ao passar pela Ponte de Westminster, diante do Big Ben. Em seguida, ele deixou o carro e avançou em direção ao Parlamento, atacando um policial com uma faca. O policial ferido não resistiu e morreu.

Pouco depois, foram ouvidos disparos. Outros agentes reagiram e balearam o agressor, que também acabou morrendo. Antes do atentado, a premiê britânica, Theresa May, tinha participado da sessão semanal de perguntas ao governo na Câmara dos Comuns.

A britânica Aysha Frade, de 43 anos, foi a primeira vítima a ser identificada do ataque terrorista. Ela cruzava a ponte de Westminster para buscar seus dois filhos, de 8 e 11 anos, na escola quando um carro subiu sobre a calçada e atropelou vários pedestres que andavam no local.

Aysha era professora de espanhol no DLD College, uma escola dedicada aos dois últimos anos do equivalente ao ensino médio, localizada em Westminster. Ela havia acabado de sair do trabalho e atravessava a ponte quando foi atingida pelo veículo.

"Estamos muito chocados e tristes. Ela era muito querida e amada por nossos estudantes e seus colegas. Todos nós sentiremos muito sua falta", disse a diretora da instituição em que Aysha trabalhava, Rachel Borland, em um comunicado.

De ascendência galega (da Galiza, Espanha), Aysha sempre viveu em Londres, segundo o jornal espanhol La Voz. Foi na capital inglesa que seus pais se conheceram. Seu pai era do Chipre, e sua mãe nasceu na cidade de Betanzos, no noroeste da Espanha, onde Aysha costumava passar as férias com o marido e os filhos.

Cumprindo seu dever

O policial Keith Palmer foi morto a facadas no atentado. Aos 48 anos, o ex-militar trabalhava havia 15 anos na corporação e era casado com filhos. Ele integrava o Serviço de Proteção Parlamentar e Diplomática da polícia de Londres quando foi apunhalado por Khalid Masood, que dirigia o carro que matou Aysha.

Após colidir contra um gradil, Masood correu em direção à entrada do Parlamento armado com duas facas quando se deparou com Palmer. "Lamentavelmente, ele não estava armado no momento do ataque", disse o chefe da unidade antiterrorismo da polícia de Londres, Mark Rowley. Esfaqueado, o policial foi socorrido pelo deputado Tobias Ellwood, mas não resistiu.

"Keith Palmer foi assassinado enquanto cumpria valentemente seu dever: proteger nossa cidade e o coração de nossa democracia daqueles que querem destruir nosso modo de vida", disse o prefeito da capital britânica, Sadiq Khan em um comunicado.

Marido dedicado

O segundo morto nos atropelamentos na ponte de Westminster foi identificado como o americano Kurt Cochran, do Estado de Utah. A mulher dele, Melissa, ficou gravemente ferida e está hospitalizada.

O casal estava viajando pela Europa para comemorar 25 anos de casamento e havia visitado parentes dela, que são missionários mórmons. Em uma declaração divulgada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Clint Payne, irmão de Melissa e cunhado de Kurt, disse: "Nossa família está arrasada com a morte do nosso irmão e cunhado, Kurt W. Cochran".

"Kurt era um homem bom e um marido dedicado para nossa irmã e filha Melissa. Eles estavam na Europa para celebrar seus 25 anos de casamento e deveriam voltar quinta-feira para os Estados Unidos."

"Melissa também sofreu ferimentos graves no ataque e está em tratamento no hospital. Manifestamos nossa gratidão aos serviços de emergência e à equipe médica que os atendeu e pedimos preces por Melissa e pela nossa família."

"A falta de Kurt será muito sentida e pedimos privacidade durante o luto da nossa família e enquanto Melissa se recupera dos ferimentos."

A irmã de Melissa Cochran, Sara Payne-Mcfarland, escreveu no Facebook: "Minha irmã, Melissa, quebrou uma perna, uma costela e sofreu um corte na cabeça".

"Ao mesmo tempo em que estamos felizes porque ela sobreviveu, nossos corações estão partidos e nunca mais serão os mesmos depois que perdemos nosso querido tio, cunhado, pai. Kurt, você é um HERÓI, e nós nunca o esqueceremos."

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