Violência

Carta-bomba no FMI e tiroteio em escola elevam tensão na França

Assistente da direção do FMI, que abriu o pacote nesta quinta-feira, teve queimaduras no rosto e nas mãos; em Grasse, jovem de 17 anos foi detido; o Ministério do Interior da Grécia informou que a embalagem tinha um selo grego e um remetente falso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Policiais são vistos do lado de fora do escritório do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Paris, na França
Policiais são vistos do lado de fora do escritório do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Paris, na França ( Policiais são vistos do lado de fora do escritório do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Paris, na França)

PARIS - A seis semanas das eleições presidenciais na França, uma carta-bomba foi enviada para o escritório do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Paris. O ataque, que aconteceu na manhã de ontem, deixou uma pessoa ferida.

De acordo com a polícia local, a vítima é uma assistente da direção do FMI que abriu o envelope. Ela sofreu queimaduras nas mãos e no rosto. No prédio onde fica o FMI, na Avenue d'Lèna, perto do Arco do Triunfo, está também a sede do Banco Mundial e de uma representação da polícia francesa. Todos os escritórios foram evacuados após a explosão e as autoridades investigam o caso.

O pacote foi entregue no escritório pouco antes do meio-dia, no horário local (o que equivale às 8h, no horário de Brasília). De acordo com o jornal francês Le Monde , a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, condenou o ataque, ressaltando que foi um "ato covarde de violência".

Já o presidente da França, François Hollande, declarou que a explosão da carta-bomba foi um atentado. "Estamos enfrentando um atentado, não há outra palavra para a entrega de uma carta-bomba. Isso comprova que estamos sempre visados", disse.

Selo grego

O Ministério do Interior da Grécia informou que a embalagem tinha um selo grego e um remetente falso - um deputado do partido conservador Nova Democracia. A Grécia investiga como foi possível a embalagem passar pelos serviços de segurança e sair do país.

O envio do pacote explosivo contra Wolfgang Schauble foi reivindicado pela organização extremista Conspiração de Núcleos de Fogo, que praticou, desde a sua criação, em 2008, dezenas de atentados com bomba na Grécia.

A Alemanha e o FMI são credores da Grécia, país que foi obrigado a aplicar duros ajustes desde 2010 em troca de vários resgates financeiros.

Tiroteio assusta

Ainda ontem, um tiroteio em Grasse, no sudeste de França, deixou pelo menos dois feridos. O tiroteio começou depois que um estudante de 17 anos abriu fogo na escola Alexis de Tocqueville.

Segundo o site de notícias RTP , o estudante foi detido pela polícia, que acredita que outra pessoa, suspeita de fazer parte da ação, esteja foragida.

De acordo com as primeiras informações da polícia, o ataque não teve relação com terrorismo, sendo apenas uma briga entre dois estudantes. A cidade de Grasse fica a 44 quilometros de Nice e é considerada a capital do perfume francês. Com o envio da carta-bomba ao FMI, o tiroteio na escola em Grasse foi tratado com ainda mais preocupação pelas forças de segurança.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.