Medo

À noite, usuários de ônibus convivem com insegurança no Centro

Pessoas que aguardam em abrigos na região, que é referência na cidade, temem a ocorrência de assaltos; falta de policiamento é uma das reclamações

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Fraca iluminação e falta de policiamento deixam usuários de ônibus temerosos em parada na Rua Rio Branco
Fraca iluminação e falta de policiamento deixam usuários de ônibus temerosos em parada na Rua Rio Branco

SÃO LUÍS - O medo é o principal sentimento do usuário do transporte coletivo de São Luís, especialmente aquele que aguarda por um ônibus na região central da cidade. Vários são os locais apontados pelos usuários e considerados inseguros. O Estado percorreu alguns destes locais e constatou que são comuns as ocorrências de ações criminosas. Em contrapartida, o Governo do Estado deve inaugurar, em breve, uma unidade da Polícia Militar no Centro.

Um dos locais com maior temor de assaltos no Centro é a Rua Rio Branco. A via é conhecida pelo fluxo intenso e constante de ônibus e transeuntes. No entanto, dependendo da hora do dia, a movimentação no local diminui, favorecendo às ações dos criminosos. Por volta das 20h em diante, e nos dias de semana, é possível ver a circulação apenas de estudantes que estão saindo das aulas dos cursos técnicos fixados na área.

Dois pontos são conhecidos pela concentração de pessoas, mesmo à noite: dois abrigos, sendo um deles posicionado em frente à praça Odorico Mendes, e o outro colocado a poucos metros da Praça Gonçalves Dias. Frequentadores afirmaram que a insegurança é uma sensação corriqueira. “Além de a gente ficar aqui esperando um ônibus, por muito tempo, não há segurança para nós esperarmos aqui. Eu me sinto insegurança esperando ônibus por aqui”, disse a dona de casa Márcia Gonçalves, que trabalha no Centro e espera diariamente por um coletivo à noite na rua Rio Branco.

Outro local conhecido pela ausência de segurança e iluminação precária é a parada de ônibus ao lado da Biblioteca Pública Benedito Leite. Os postes de iluminação pública situados nos arredores do abrigo estão sem lâmpadas há várias semanas. A dona de casa Antônia Rodrigues estava com as duas filhas esperando por um coletivo no local. “A gente fica com medo, sem saber em quem confiar ao lado”, disse. Ela ficou aliviada, pois o coletivo – por sorte – chegou rapidamente.

[e-s001]Outros locais
Outro ponto considerado perigoso no Centro é o abrigo situado em frente ao Sesc. O local apresenta queda no fluxo de pessoas a partir das 19h30. Nem mesmo os vendedores ambulantes permanecem no local.

Os poucos cidadãos que se arriscam a ficar no abrigo no período noturno reclamam da ausência de policiamento. “Eu mesmo já vi assaltos por aqui”, disse Francisco Carlos, professor.

Unidade policial
Em publicação divulgada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 2 de março de 2017, o Governo do Estado confirmou a contratação de empresa especializada para execução de obra de requalificação de imóvel para a instalação do Batalhão Tiradentes. De acordo com o DOE, o prédio está situado na rua Rio Branco a a VH Construções LTDA será a responsável pelos serviços.

Segundo informações da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra), os serviços no local custarão aproximadamente R$ 1.419.412,04. No entanto, a população ainda questiona o Governo sobre a ausência do trailer no Centro, que ficava em frente à agência do Banco do Brasil, na Praça Deodoro.

Número
R$ 1.419.412,04
é o valor da obra do Batalhão Tiradentes;

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