Manifestação

Em São Luís, entidades fazem Dia Nacional de Mobilização e Paralisação

Centrais sindicais, movimentos sociais e categorias trabalhistas realizaram greve geral durante todo o dia de ontem, em São Luís

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40

SÃO LUÍS - Centrais sindicais, movimentos sociais e categorias trabalhistas realizaram greve geral durante todo o dia de ontem em 25 estados e no Distrito Federal contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB) que tramitam no Congresso Nacional. Em São Luís, a programação pelo Dia Nacional de Mobilização e Paralisação aconteceu na Praça Deodoro, em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite.

Se juntaram ao ato, diversos sindicatos e entidades de classe como o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares no Estado do Maranhão (Sintect-MA), Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro em Meios de Hospedagem e de Gastronomia, Empresas de Refeições Coletivas, Empresas de Turismo, em Casas de Diversões de São Luis, São José De Ribamar, Raposa e Paço Do Lumiar (Sindehotéis-MA), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Culturais (Senalba-MA), além de representantes de movimento sociais em defesa de mulheres, população negra e LGBT.

Também por causa da mobilização, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (Sttrema) realizou Operação Tartaruga, das 10h às 11h. Os ônibus não pararam, mas circularam com maior lentidão. Além disso, os rodoviários fizeram uma grande ação de panfletagem, no centro da capital. Ainda na programação dos atos em São Luís, houve uma mesa redonda sobre os Impactos da Reforma da Previdência, na sede do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), no Conjunto Cohab Anil II.

Pontos polêmicos

O texto da reforma da Previdência está em tramitação em uma comissão especial na Câmara dos Deputados, onde deverá ser votada até abril. A proposta prevê pontos polêmicos, como o estabelecimento de idade mínima aos 65 anos para todos os trabalhadores, além da exigência de pelo menos 25 anos de contribuição para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Entretanto, para que o trabalhador consiga se aposentar com o benefício integral, o texto apresentado pelo governo Michel Temer prevê a obrigatoriedade de pelo menos 49 anos de contribuição.

No dia 14, representantes de mais de 170 entidades civis fizeram um ato na Câmara dos Deputados contra a proposta de Reforma da Previdência. Durante o evento, as entidades entregaram ao presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-­MS), uma carta-aberta em que pedem que seja suspensa a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que altera o sistema previdenciário. Na carta, as entidades afirmam que a PEC “está fundamentada em premissas equivocadas e contém inúmeros abusos contra os direitos sociais”.

Elas pedem a paralisação da tramitação da PEC para que o texto seja discutido com a sociedade, de modo a construir alternativas para melhorar o sistema da seguridade social e impedir o retrocesso de direitos sociais. Durante a madrugada do dia 15, mais de 1.500 pessoas ocuparam a sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.

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