Presidente da Colômbia pede desculpas por financiamento ilegal de campanha
Juan Manuel Santos disse em comunicado que ''rejeita e condena'' pagamentos ilegais e que não tem conhecimento nem autorizou qualquer financiamento obtido ilegalmente durante campanha de 2010
BOGOTÁ - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, admitiu ontem que fundos de sua campanha eleitoral de 2010 foram obtidos ilegalmente e pediu perdão à nação por seu ato "vergonhoso".
Santos, que concorreu naquele ano e em 2014, disse que "rejeita e condena" os pagamentos ilegais e que não tem conhecimento nem autorizou qualquer financiamento obtido ilegalmente durante a campanha.
"Lamento profundamente e peço perdão a todos os colombianos por este ato vergonhoso, que jamais deveria ter acontecido e do qual acabei de saber", disse Santos em um comunicado.
Ele pediu uma investigação minuciosa de suas duas campanhas na esteira das alegações de que ambas receberam dinheiro da empreiteira brasileira Odebrecht. Ele pediu que os envolvidos esclareçam o que ocorreu o mais cedo possível. Ele não mencionou a Odebrecht em sua declaração.
Procuradores dos Estados Unidos alegaram que a Odebrecht pagou centenas de milhões de dólares de propina para projetos de infraestrutura em 12 países, incluindo Brasil, Argentina, Colômbia, México e Venezuela, entre 2002 e 2016.
Óscar Iván Zuluaga, candidato do partido de oposição de direita Centro Democrático e rival de Santos em 2014, também está sendo investigado pelas autoridades eleitorais pela suspeita de ter recebido dinheiro da Odebrecht.
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