No 24º Batalhão

Familiar de militar denuncia trote violento em jovem de 19 anos no 24º Batalhão, em São Luís

Denunciante afirma que recruta foi espancado por colegas no alojamento em longa sessão de tortura

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Jovem teria sido espancado com a utilização de um facão
Jovem teria sido espancado com a utilização de um facão

SÃO LUÍS – Revoltado, um familiar de um militar de alta patente do exército denunciou um trote violento, que teria acontecido, no dia 21 do mês passado, no 24º Batalhão de Infantaria, no bairro do João Paulo, em São Luís. O denunciante apresentou fotos do recruta, de 19 anos, com bastante marcas de violência espalhadas pelo corpo. Segundo a denúncia, o jovem teria recebido a notícia que seria engajado (termo usado para quem será efetivado) no batalhão após se destacar no serviço militar obrigatório e, por isso, teria que passar por uma espécie de trote.

O denunciante detalhou como teria acontecido o trote. Segundo ele, o jovem foi levado para dentro do alojamento e, em seguida, jogado dentro de um armário, que posteriormente foi bastante sacolejado. Ainda no mesmo relato, o denunciante afirma que o jovem apanhou de facão em várias partes do corpo.

“Ele havia passado por uma série de exames e treinamentos no dia anterior e já chegou ao batalhão muito cansado. Eles pegaram ele no alojamento, onde eles dormem. Deram um trote nele. Botaram ele em um armário. Bateram de facão na costa dele. Até na cabeça. Chegaram a morder até as nádegas do garoto”, detalhou.

O jovem recruta, segundo os relatos, foi chamado de “mocinha” pelos companheiros. “Eles falaram ele nunca apanhou de pai e mãe, por isso é desse jeito. Esse garoto sofreu muito. Está muito abalado, por isso eu resolvi denunciar”, disse a pessoa, que afirma saber de toda a história por ser familiar de um militar que trabalha há muitos anos no 24º Batalhão.

Por fim, o denunciante garante que a situação foi informada aos superiores, que fazem vista grossa para o problema. Esse jovem passou muito rápido pelo serviço obrigatório, se destacou. No entanto, sofreu na mão dos colegas. Uma situação dessa é revoltante. Isso não é a primeira vez que acontece”.

Em nota, o 24º Batalhão informou "que as circunstâncias do ocorrido estão sendo apuradas por intermédio de procedimento administrativo e, caso comprovadas as agressões, os responsáveis serão sancionados disciplinarmente".

Acrescentam, ainda, que, o Comando "repudia veementemente qualquer tipo de agressão entre seus militares, sendo tal assunto tratado insistentemente com os integrantes da Unidade".

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