Descaso

Espigão Costeiro em estado de abandono

Cartão-postal de São Luís, local está com problemas na estrutura do piso por onde transitam os visitantes, e em parte do parapeito de madeira, que cedeu

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Parte do piso do Espigão Costeiro que cedeu e está interditado
Parte do piso do Espigão Costeiro que cedeu e está interditado (Espigão)

Inaugurado em novembro de 2014 para ser mais uma área de lazer, prática de atividades físicas e visitação por moradores de São Luís e turistas, o Espigão Costeiro da Ponta d’Areia está com sua estrutura comprometida e sem prazo para passar por obras de recuperação. Com isso, quem frequenta o local reclama do descaso com o cartão-postal e dos transtornos para quem pretende descansar à beira-mar.
Os danos no espigão costeiro são visíveis já na chegada ao local. Um trecho do piso está com a pavimentação totalmente comprometida, impossibilitando a caminhada ou pedalada. Os bancos da área também estão sem condições de uso depois que o piso cedeu. Além dos problemas na estrutura do piso por onde transitam os visitantes, parte do parapeito de madeira, de aproximadamente 10 metros de comprimento, cedeu devido aos danos na barreira de proteção feita de pedras.
De acordo com os vendedores ambulantes, com o início do período chuvoso, os problemas no Espigão Costeiro somente aumentaram. E os frequentadores já reclamam da falta de ação do Governo do Estado, responsável pela manutenção do espaço. “Não tem como caminhar, correr, pedalar, andar de patins ou apenas sentar nos bancos para admirar a vista e curtir a brisa. E a gente já fica com medo do restante do piso ceder. Acho que o espigão precisa passar por uma avaliação e por melhorias urgentes na sua estrutura. Não podemos ficar com este cartão-postal abandonado deste jeito”, disse a dona de casa Fernanda Ribeiro, que caminhava no local com os filhos no fim da manhã de ontem.
A denúncia sobre os problemas do Espigão Costeiro foi feita por O Estado em sua edição do dia 21 do mês passado. No dia 20 de fevereiro deste ano, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) informou que “uma equipe técnica da pasta faria um levantamento e orçamento para a manutenção dos equipamentos no Espigão”.
Em contrapartida, de acordo com os vendedores ambulantes do local, nenhum técnico foi visto no local fazendo os tais levantamentos. Trabalhadores também não foram vistos no Espigão fazendo os reparos. A única coisa feita até agora foi a interdição do trecho comprometido.

Obra
O Espigão Costeiro da Ponta d’Areia foi entregue no fim da administração anterior do Governo do Estado e custou R$ 32 milhões e possui pouco mais de 500 metros de extensão. No total, as obras duraram um ano e meio e foram entregues sob grande expectativa popular. Após a urbanização o trecho da orla da Península da Ponta d’Areia recebeu postes de iluminação, calçadão e ciclovia. No local, também foram instalados quiosques para venda de água de coco e bancos para o descanso. Em frente ao Espigão, o memorial Bandeira Tribuzi, também foi restaurado.
Urbanizado para ser mais uma opção de lazer para os moradores e visitantes de São Luís, o Espigão Costeiro da Ponta d'Areia atrai dezenas de visitantes, sobretudo nos fins de semana. A obra foi construída também para resolver o problema da erosão na orla da Ponta d'Areia e desassorear o canal que serve para o tráfego de embarcações.

Números

572 metros de comprimento é a extensão do Espigão Costeiro da Ponta d'Areia

8 metros é a altura do Espigão Costeiro da Ponta d'Areia

1,4 metros é a altura acima da preamar

2 quilômetros é extensão da urbanização

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