Tempo litúrgico

Celebrações da Quaresma falam de conversão e penitência

Segundo domingo da Quaresma foi de missa celebrada pelo padre César Sousa, na Catedral Metropolitana de São Luís

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Missa reuniu dezenas de fiéis na Igreja da Sé, em São Luís
Missa reuniu dezenas de fiéis na Igreja da Sé, em São Luís (Quaresma)

A comunidade católica de São Luís está vivendo a Quaresma, tempo litúrgico em que a igreja prepara os fiéis para a festa da Páscoa. Neste período as missas dominicais trazem a mensagem da conversão e da penitência. No Brasil, a Quaresma tem ainda uma característica própria, que é a Campanha da Fraternidade, que faz deste tempo de reflexão também um momento de discussão sobre problemas que afetam a vida em sociedade. Este ano o tema da campanha é “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15).

Ontem, quando foi celebrado o segundo domingo da Quaresma, dezenas de fieis foram até a Catedral Metropolitana de São Luís, a Igreja Nossa Senhora da Vitória (Sé), na Praça Pedro II, acompanhar a missa presidida pelo padre César Sousa. “A Quaresma é o tempo da conversão e da penitência, quando são praticadas a misericórdia, o perdão e a retomada da vida”, destacou o sacerdote.

Ainda segundo padre César Sousa, a Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa de Jesus Cristo. “É quando refletimos sobre a paixão, morte e ressurreição de Cristo. O mistério Pascal, que é celebrado na Semana Santa, é um dos momentos litúrgicos mais importantes para a Igreja Católica, por isso, fazemos toda esta preparação”, afirmou.

Na primeira parte da Quaresma (da Quarta-feira de Cinzas até o sábado da terceira semana), as leituras durante as celebrações vão apresentando, positivamente, as atitudes fundamentais do viver cristão e, negativamente, a reforma dos defeitos que obscurecem o seguimento de Jesus. Na segunda parte da Quaresma, (a partir da segunda-feira da quarta semana até o Tríduo Pascal), o lecionário muda de perspectiva: oferece-se uma leitura contínua do evangelho segundo São João, escolhendo, sobretudo os fragmentos nos que se propõe ao enfrentamento do mal por Jesus.

Campanha da Fraternidade

Além disto, são apresentados os textos da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A campanha ocorre sempre durante a Quaresma porque ela é um período de reflexão para a comunidade católica.

O objetivo da CNBB é a aproveitar as pregações para também debater o tema, conscientizando a população para o problema. Além de abordar a realidade dos biomas brasileiros e as pessoas que neles moram, a campanha deste ano deseja despertar as famílias, comunidades e pessoas de boa vontade para o cuidado e o cultivo da Casa Comum. “Precisamos olhar par a criação de Deus, cultivando e guardando os biomas, que são a nossa casa”, destaca padre César Sousa.

Para ajudar nas reflexões sobre a temática são propostos subsídios, sendo o texto-base o principal. O texto base utilizado para auxiliar nas atividades da Campanha da Fraternidade 2017 foi publicado pela CNBB e está dividido em quatro capítulos.

A partir do método ver, julgar e agir, o texto-base faz uma abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições eclesiais. Também traz reflexões sobre os biomas e os povos originários, sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha 2017.

Mais

A Campanha da Fraternidade é realizada anualmente pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, sempre no período da Quaresma. Seu objetivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação. A campanha é coordenada pela CNBB.

Frase

“A Quaresma são os 40 dias de penitência que fazemos, nos preparando para a Páscoa, reconciliando-nos com Deus”,

Padre César Sousa,

Pároco da Igreja da Sé.

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