Câmara

Previdência: para relator, reforma não passará

De acordo com Arthur Maia, regras de transição são um dos pontos que terão que ser alterados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Deputado Arthur Maia (PPS-BA)
Deputado Arthur Maia (PPS-BA) (Arthur Maia)

BRASÍLIA - O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou que a reforma da Previdência não vai passar da forma como está e que alterações terão que ser feitas, entre elas nas regras de transição.
"As regras de transição terão que ser alteradas, está muito mal formulada", disse o deputado, durante debate sobre a reforma no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília.
Entre as mudanças propostas pela reforma, encaminhada pelo governo Michel Temer, está a criação da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres terem direito à aposentadoria.
O projeto também prevê uma regra de transição, que define quem é ou não atingido pela reforma, e que fixa 45 anos ou mais, para mulheres, e 50 anos ou mais, para homens.
Meirelles defende aprovação sem mudanças
A fala do deputado se contrapõe às recentes declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que tem defendido que a proposta do governo seja aprovada sem mudanças.
O ministro aponta que não é possível fazer alterações que tornem a reforma ineficiente. De acordo com ele, isso seria fazer barulho sem atingir o objetivo esperado.
Ele chegou a dizer que, sem a reforma da Previdência, serão necessários cortes em programas sociais e em investimentos do governo.
O relator Arthur Maia comentou o posicionamento da Fazenda de pedir a aprovação sem mudança. De acordo com ele, a proposta que será aprovada pelo Congresso não será nem a que o governo defende, nem a que os trabalhadores querem.
"Eu disse ao ministro Henrique Meirelles esta semana, diante dessa inflexibilidade da Fazenda, eu disse: ministro, aprendi naquela casa que ótimo é inimigo do bom. O que o senhor acha ótimo não será aprovado. E e o que a outra parte, dos trabalhadores, acha ótimo, nenhuma das duas será aprovada", disse Maia.
"O ótimo é inimigo do bom. Vamos tentar construir um bom projeto", completou o deputado.

Disse ao ministro Meirelles diante dessa inflexibilidade da Fazenda: o que o senhor acha ótimo não será aprovado”Arthur Maia Deputado Federal

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