Os braços da corrupção eleitoral revelada pela Operação Lava Jato começam a chegar, perigosamente, no núcleo do PCdoB do Maranhão formado pelo governo Flávio Dino.
O ex-executivo da Construtora Odebrecht, Alexandrino Alencar, revelou terça-feira, ao ministro Herman Benjamim, do Tribunal Superior Eleitoral, que cuidou pessoalmente do repasse de R$ 7 milhões, de Caixa 2, diretamente ao PCdoB. A proximidade da corrupção eleitoral com o governador maranhense se dá por dois motivos.
Segundo Alencar, o contato para o propinoduto comunista era feito com um assessor do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, dirigente do PCdoB e um dos maiores entusiastas da campanha de Flávio Dino em 2014.
A proximidade de Dino com Orlando é tão forte que um ex-assessor do ministro, Danilo Moreira da Silva, foi nomeado subsecretário do todo-poderoso Márcio Jerry logo no início do governo Dino, em janeiro de 2015.
Outro fato que aproxima da campanha do governador os R$ 7 milhões da propina eleitoral da Odebrecht é um ato político do PCdoB, ocorrido em São Paulo, no final de 2013. Trata-se do Congresso Nacional da legenda, que, naquele ano, decidiu que a eleição de Dino no Maranhão seria a prioridade dos comunistas em todo o país.
Esta decisão do congresso ganhou, inclusive, destaque no portal Vermelho, site de internet vinculado ao PCdoB. O diretor da Odebrecht não detalhou - e talvez nem saiba - como foram aplicados os R$ 7 milhões da propina paga ao PCdoB. Mas o partido tinha prioridades naquele ano eleitoral.

Oportunismo
O governo Flávio Dino (PCdoB) tentou fazer média política com o Dia Internacional da Mulher.
Aproveitou a data, transcorrida ontem, e encaminhou à Assembleia Legislativa projeto criando - só agora - a Delegacia Especial do Feminicídio.
O oportunismo acabou fortemente criticado, porque, a essas alturas, Flávio Dino deveria era estar entregando e não lançando, a tal delegacia.

Corte drástico
A tentativa de média de Flávio Dino com as mulheres foi ainda mais ridicularizada ao ser revelado corte de 65% no orçamento da pasta que cuida das questões femininas.
A Secretaria da Mulher tinha orçamento de R$ 9,1 milhões em 2016, mas foi reduzido para R$ 3,4 milhões em 2017, redução considerada drástica.
O corte repercutiu fortemente entre os deputados na Assembleia Legislativa, nos discursos alusivos ao Dia da Mulher.

Maranhenses
Homenagem à mulher mesmo veio da ex-deputada estadual e ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (PTN).
Ela escreveu o artigo “Mulheres Maranhenses”, em que se ressaltou a força e a coragem da mulher que faz a história do estado.
O artigo, publicado ontem por O Estado, repercutiu em blogs e sites de todo o Maranhão.

Rochas
O senador Roberto Rocha (PSB) e o deputado federal Hildo Rocha (PMDB) têm atuado em dobradinha para viabilizar recursos da Codevasf ao Maranhão.
O Rocha senador tem aliados em postos importantes da companhia, em Brasília, que viabilizam ações em diversas frentes para vários municípios.
Já o Rocha deputado foi responsável pela indicação do superintendente no Maranhão, o ex-prefeito Jones Braga, que articula as ações no estado.

Controle
O senador João Alberto de Sousa quer chamar os representantes do PMDB em todo o Maranhão para uma reunião de emergência.
É que peemedebistas estão começando a se alinhar a outros projetos de candidatura a senador e a governador pelo interior maranhense.
Alberto quer definir uma agenda eleitoral do partido para evitar debandada antes das eleições de 2018.

Crítica
O vereador Francisco Chaguinhas (PP) criticou o Governo do Estado, que faz propaganda por manter o pagamento do salário dos servidores em dia.
Segundo o vereador, além de obrigação, Dino mantém o pagamento dentro do previsto porque recebeu a administração pública saneada e organizada.
Chaguinhas elogiou o governo passado pelo trabalho desenvolvido, que deixou o pagamento da folha bem longe da margem prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Calote
O vereador Marcelo Poeta (PCdoB) foi desmoralizado ontem, após ter dado um calote no dono de uma banda que se apresentou em uma festa de Carnaval promovida por ele.
Em discurso na Câmara, o comunista proferiu ataques contra jornalistas e blogueiros que relataram o caso.
Não contava, contudo, que a cobrança pública pelo calote estivesse gravada, porque ocorreu no programa Acorda Maranhão, apresentado por Marcial Lima na Rádio Mirante AM.

E MAIS

• Os deputados Alexandre Almeida, Wellington do Curso e Eduardo Braide assumem cada vez mais uma postura de oposição ao governo Flávio Dino.

• Instado pelo PSDB a se posicionar eleitoralmente para 2018, o prefeito Luis Fernando Silva deixa claro o atrelamento político ao projeto comunista.

• Faltam seis dias para a entrada em vigor da lei aprovada pela Assembleia, que aumentou as alíquotas de ICMS de vários serviços em todo o Estado Maranhão.

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