Católicos

Campanha da Fraternidade 2017 é lançada em São Luís

Com o tema “Biomas brasileiros e a defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação”, campanha foi aberta no Castelinho, em celebração de dom José Belizário

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Com missa solene celebrada por dom Belizário, a Campanha da Fraternidade foi lançada no Ginásio Castelinho
Com missa solene celebrada por dom Belizário, a Campanha da Fraternidade foi lançada no Ginásio Castelinho (fraternidade)

SÃO LUÍS - Uma celebração ecumênica, realizada na tarde de sábado, no Ginásio Castelinho, marcou o lançamento da Campanha da Fraternidade 2017 em São Luís, cujo tema é “Biomas brasileiros e a defesa da vida”. O lema é “Cultivar e guardar a criação”. A iniciativa é da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Conduzida pelo arcebispo de São Luís, Dom José Belizário, a celebração contou com a presença de representantes das 55 paróquias da capital, de comunidades de diversos bairros e também de autoridades. Jovens ligados a igrejas católicas apresentaram performances alusivas ao tema e uma professora de Geografia ligada à Paróquia São João Calábria, da Cidade Operária, discorreu sobre a importância dos biomas para o ecossistema.

“Essa campanha dá continuidade à campanha apresentada no ano passado, quando falávamos da casa comum e sobre a importância de cuidarmos bem dessa casa. Agora, vamos falar dos seis biomas brasileiros, pois é importante conhecermos a nossa casa para podermos cuidar bem dela”, explicou o arcebispo Dom José Belizário.

De acordo com o arcebispo, quando se desrespeita a natureza, desrespeita-se também a pessoa humana, sendo esta uma temática interessante para a discussão da questão da fraternidade global. “A campanha sempre focaliza em um aspecto da convivência humana e, dentro desse tema, dizemos que precisamos cultivar e guardar a criação. Realmente, esperamos que esta campanha produza bons frutos”, frisou.

Para o padre Crisantônio da Conceição Silva, coordenador arquidiciocesano de pastoral e representante da Paróquia Nossa Senhora da Penha, do bairro Anjo da Guarda, há biomas destruídos em mais de 50% e a campanha pretende chamar a atenção das pessoas a respeito dessa degradação. “A Igreja é defensora da vida e precisamos, mais do que nunca, resgatar aquilo que está sendo destruído”, destacou.

Programação

A Campanha da Fraternidade 2017 terá uma vasta programação e cada paróquia conduzirá suas próprias atividades. No município de São José de Ribamar, por exemplo, as celebrações diárias serão contextualizadas com a temática, conforme o padre Guttemberg Feitosa, que também é diretor de Comunicação da Campanha.

“Estamos iniciando os 40 dias da Quaresma dentro dessa reflexão eco-social proposta pelo Papa Francisco. Nossa pretensão é fazer com que as pessoas conheçam mais o Brasil para cuidarem mais dele. No Santuário de São José de Ribamar, nós teremos celebrações, cursos, campanhas e outras atividades dentro dessa temática dos biomas”, disse.

A campanha está focada, por exemplo, no bioma da Amazônia, que ocupa mais da metade da superfície do Brasil. Há ainda o bioma do Cerrado, que se transformou em um grande pólo produtor de grãos. O bioma da Caatinga, por outro lado, sempre foi uma área de sofrimento no semi-árido brasileiro. E há ainda os biomas Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Catarina Cantanhede, da comunidade do Cohatrac, participou da celebração e afirmou que o tema é oportuno. “Todos nós precisamos desses biomas e a nossa vida e das futuras gerações dependem e dependerão deles”, afirmou.

Ênfase à diversidade

- Segundo a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, o objetivo da Campanha da Fraternidade é enfatizar a diversidade de cada bioma, promover relações respeitosas com a vida, o meio ambiente e a cultura dos povos que vivem nesses biomas, sendo este um dos maiores desafios em todas as partes da terra. As degradações ambientais são sempre acompanhadas por injustiças sociais, conforme comentou o Papa Francisco, em mensagem ao Brasil.

- O Papa destacou, por exemplo, que o desafio global pela preservação, pelo qual toda a humanidade passa, exige o envolvimento de cada pessoa junto com a atuação da comunidade local. Para ele, os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa.

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