Cartão-postal em perigo

Danos no Espigão Costeiro aumentam e obras de recuperação seguem sem prazo

O Estado esteve mais uma vez no local e constatou que a falta de manutenção contribui para o aparecimento de danos ao piso dos pedestres

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Situação do piso do Espigão tem piorado, mas não há cuidados com o espaço
Situação do piso do Espigão tem piorado, mas não há cuidados com o espaço (Espigão)

SÃO LUÍS - Os danos à estrutura do trecho revitalizado do Espigão Costeiro aumentaram, nos últimos dez dias. O piso usado como travessia pelos visitantes está mais deteriorado e a barreira de proteção de pedras – usada justamente para conter a ação da maré – cedeu ainda mais. Até o momento, o Governo do Estado não informou sobre quando ocorrerá a revitalização do espaço, inaugurado em novembro de 2014.

A denúncia sobre os problemas do Espigão Costeiro foi feita por O Estado em sua edição do dia 21 do mês passado. No dia 20 de fevereiro deste ano, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) informou que “uma equipe técnica da pasta faria um levantamento e orçamento para a manutenção dos equipamentos no Espigão”. Em contrapartida, de acordo com os vendedores ambulantes do local, nenhum técnico foi visto no local fazendo os tais levantamentos. Trabalhadores também não foram vistos no Espigão fazendo os reparos.

É uma pena ver um cartão-postal deste numa situação em que parece que a inauguração aconteceu faz uns 10 anos”Walter Soares, funcionário público

Enquanto nenhum reparo é feito, os visitantes precisam conviver com a bela vista da Península da Ponta d'Areia e os danos causados na estrutura do Espigão Costeiro. “É uma pena ver um cartão-postal deste numa situação em que parece que a inauguração aconteceu faz uns dez anos”, disse o funcionário público Walter Soares.

Pessoas que usam a ciclovia do Espigão para a prática de atividades esportivas também lamentam o que eles próprios definem como descaso. “Não dá para conceber que um local inaugurado a tão pouco tempo esteja assim, todo quebrado deste jeito”, disse a administradora Marcela Pinho.

Outros danos
Além dos problemas na estrutura do piso por onde transitam os visitantes, parte do parapeito de madeira (de aproximadamente 10 metros de comprimento) cedeu devido aos danos na barreira de proteção feita de pedras.

De acordo com os vendedores ambulantes, com o início do período chuvoso, os problemas no Espigão Costeiro somente aumentaram.

Obra
O Espigão Costeiro, entregue no fim da administração anterior do Governo do Estado, custou R$ 32 milhões e possui 500 metros de extensão. No total, as obras duraram um ano e meio e foram entregues sob grande expectativa popular.

Dados Espigão Costeiro
Valor: R$ 32 milhões
Extensão: 500 metros
Duração das obras: 1 ano e meio

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