Empreendedorismo

Mulheres são um terço do total de empreendedores do Maranhão

Apesar de ainda serem minoria no ramo de negócios próprios, as mulheres ganharam mais espaço e hoje atuam em diversos segmentos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Dayane Robledo, da AJE/MA
Dayane Robledo, da AJE/MA (AJE)

A cultura empreendedora entre o público feminino tem se mostrado bastante promissora no Maranhão. É o que afirmam as entidades representativas da classe empresarial, a exemplo da Associação dos Jovens Empresários do Maranhão (AJE-MA). Apesar de ainda serem minoria no ramo de negócios próprios, as mulheres ganharam mais espaço e hoje atuam em diversos segmentos.

“Acredito que vem crescendo bastante o número de mulheres empreendedoras em todo o país, e esse número hoje já está mais equilibrado. No entanto, existem alguns seguimentos que ainda são tabus para o empresariado feminino, como construção civil, por exemplo, que é uma atividade associada aos homens”, comenta a presidente do Conselho Feminino da AJE-MA, Dayane Robledo. “No Maranhão esse número vem crescendo bastante. Estima-se que um em cada três empresários é do sexo feminino”, aponta.

Grupo organizado justamente para fomentar a cultura empreendedora entre as mulheres, o conselho foi uma das soluções encontradas pela associação para organizar ações de capacitação, visitas técnicas, eventos de lazer e confraternização, projetos de estímulo à cultura empresarial, análises de cases de sucesso e programas de cunho social e assistencialista.

Por outro lado, vale apontar que, atualmente, as mulheres representam apenas 29% das pessoas que empreendem no Brasil, frente aos 71% da faixa masculina, segundo o mais recente levantamento “Perfil do Jovem Empreendedor Brasileiro”, desenvolvido pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), em parceria com a Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Outro aspecto apontado por Dayane Robledo, e que muitas vezes aparece de forma velada, é o preconceito contra as empreendedoras. De acordo com ela, essa discriminação é infundada, já que, gradualmente, elas têm demonstrado seu potencial em seus campos de atuação, áreas estas que são as mais diversas.

“Empreender por si só já é muito desafiador e acredito que a mulher sofre ainda um pouco de preconceito por parte dos homens no meio empresarial. A mulher precisa sempre atestar sua capacidade e oferecer um serviço ou produto de qualidade. Além do preconceito a mulher tem que equilibrar sua vida profissional com a pessoal. 70% das mulheres empresárias são mães e precisam conciliar o trabalho com os filhos e os maridos”, ressalta.

Para organizações representativas da categoria, é necessário entender se faltam oportunidades para que esse público possa investir no próprio negócio e como criar mecanismos, ferramentas, projetos e ações para ampliar o número de investidoras.

Números

Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) (2014), 51,2% dos empreendedores que iniciam seus negócios no Brasil são mulheres. No Centro-Oeste, este percentual sobre para 58,6%. Quando analisadas as empresas que estão consolidadas no mercado, 43,2% delas são geridas por mulheres. Um resultado que se mantém estável com relação ao mesmo estudo de 2013.

No Brasil, o número de empreendedoras nas micro e pequenas empresas cresceu 18% nos últimos 10 anos, sendo contabilizadas como empreendedoras as empregadoras e mulheres que trabalham por conta própria (conforme anuário da Mulher 2014).

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