Imunização

Ministério da Saúde amplia público-alvo de seis vacinas neste ano

Foi anunciada na sexta-feira,3, a ampliação do público-alvo de seis vacinas oferecidas nos postos de saúde: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A; atualmente são oferecidas gratuitamente no Sistema Único de Saúde

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Criança sendo vacinada durante campanha realizada no ano passado
Criança sendo vacinada durante campanha realizada no ano passado ( Criança sendo vacinada durante campanha realizada no ano passado)

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde anunciou na sexta-feira,3, mudanças no Calendário Nacional de Vacinação. As alterações, já válidas em todos os postos de saúde, ampliam o público-alvo de seis vacinas: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A.

Segundo a pasta, o objetivo é aumentar a proteção de crianças e adultos e diminuir a incidência de algumas doenças no país, como caxumba e coqueluche.

Para as crianças, as mudanças ocorrem nas vacinas contra hepatite A e a tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Em ambos os casos, a vacina passa a ser disponibilizada para crianças com 15 meses a até cinco anos -antes, a idade máxima era de até dois anos. "Não estamos dando uma dose a mais, e sim uma chance extra para quem perdeu a oportunidade de se vacinar", explica a coordenadora-geral do PNI (Programa Nacional de Imunizações), Carla Domingues.

O novo calendário também estende a vacinação indicada para adolescentes e adultos. É o caso das vacinas contra o HPV e meningite C, que passam a ter o público-alvo ampliado entre os mais jovens.

Antes, a vacina contra o HPV era indicada apenas para meninas de 9 a 13 anos. Desde o início deste ano, no entanto, a imunização está disponível também para meninos de 12 e 13 anos e meninas de até 14 anos.

Também passam a receber a vacina homens e mulheres com baixa imunidade (como transplantados e pacientes oncológicos) e homens vivendo com HIV e Aids entre 9 a 26 anos –até então, a vacina era indicada apenas para mulheres com HIV e Aids. A alteração visa aumentar a proteção de pessoas cujo sistema imunológico é mais suscetível a problemas graves.

Adultos

Para os adultos, o Ministério da Saúde altera a faixa etária recomendada para oferta de duas vacinas: dTpa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche; e a tríplice viral, indicada contra sarampo, caxumba e rubéola. Assim como corre para as crianças, não há a inclusão de doses extras, mas sim ampliação no momento indicado para oferta das doses.

Antes recomendada para grávidas entre a 27a e 36a semana de gestação, a dTpa passa a ser ofertada mais cedo e por um período mais longo: a partir da 20a semana ou no puerpério, ou seja, até 45 dias após o parto.

O objetivo é aumentar a proteção dos bebês e mães contra coqueluche, cujos casos vêm crescendo no país –a pasta, no entanto, não informou o total de registros. "Com isso fazemos com que o bebê já nasça com anticorpos maternos", afirma Domingues. Segundo a coordenadora, caso as mães não consigam vacinar a tempo durante a gestação, a vacina pode ser administrada também no período após o parto. "Neste caso, não haverá transmissão de anticorpos da mãe para o filho, mas isso evita transmitir a doença para o recém-nascido."

Tríplice viral

O esquema vacinal para adultos também muda em relação à tríplice viral. Até então, a vacina era ofertada em duas doses, uma na infância e outra até os 19 anos, ou em uma dose de 20 a 49 anos. Agora, haverá a oferta desta segunda dose até os 29 anos ou de uma só dose de 30 a 49 anos.

De acordo com Domingues, a mudança ocorre devido à ocorrência de novos surtos de caxumba em 2016 e à necessidade de manter o país livre de outras doenças, como sarampo.

"Temos ainda países onde doenças como o sarampo são endêmicas. À medida que temos grande circulação de pessoas, se não temos a população devidamente vacinada, essas doenças podem voltar a acontecer", diz.

O Ministério não informou quantas doses extras devem ser disponibilizadas. Segundo o ministro Ricardo Barros, a ampliação ocorre após economia de R$ 66 milhões e negociação para redução no preço das vacinas com os fabricantes.

Campanha nacional de vacinação contra gripe é antecipada

Brasília - Após registrar, em 2016, um aumento de casos de gripe antes do período esperado, o Ministério da Saúde iniciará a campanha nacional de vacinação contra a gripe mais cedo neste ano.

Segundo o ministro Ricardo Barros, a data de início da campanha está marcada para 10 de abril, para profissionais de saúde, e 17 de abril, para o público-alvo, como idosos. No ano passado, a campanha foi iniciada em 30 de abril.

Apesar da data, a expectativa é que a campanha inicie ainda mais cedo em alguns Estados, conforme a distribuição das vacinas a esses locais. A ideia é tentar evitar um novo aumento de casos fora do período esperado, e sem que a população esteja protegida.

"Haverá distribuição antecipada e os Estados que desejarem poderão iniciar mais cedo, especialmente no Sul, onde há essa demanda em função das baixas temperaturas", afirmou Barros na sexta-feira, 3.

Além da data antecipada, neste ano, a campanha terá mudanças no público-alvo, com oferta da vacina também para professores do ensino básico e superior das escolas públicas e privadas.

O restante do público-alvo é composto por pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, portadores de doenças crônicas, adolescentes de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas, presos e funcionários do sistema prisional.

Em geral, a vacina protege contra três tipos de vírus da gripe, definidos a cada ano pela OMS (Organização Mundial de Saúde) de acordo com o cenário epidemiológico. Entre eles, está o H1N1, cujos casos tiveram aumento em 2016.

Segundo o Ministério, a campanha deste ano deve seguir até 19 de maio. O dia D, conhecido pela mobilização nacional, está previsto para 6 de maio.

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