Saúde pública

Idosa denuncia falta de macas em ambulâncias

A aposentada Maria das Graças de Sousa informa que desde a terça-feira, dia 28, tenta atendimento para sua tia Martiliana Cardoso da Conceição, 77 anos, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40

SÃO LUÍS - A aposentada Maria das Graças de Sousa, 67 anos, denuncia que desde a terça-feira, dia 28, tenta ser auxiliada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em São Luís, para sua tia Martiliana Cardoso da Conceição, 77 anos, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com a aposentada, após várias ligações para o serviço ela foi informada de que não havia macas nas ambulâncias para que a idosa fosse atendida.

Martiliana Cardoso da Conceição é de Buriti Bravo, cidade localizada a 368 quilômetros de São Luís. No dia 31 de dezembro do ano passado, ela sofreu um AVC na sua casa. Chegou a ser levada para a unidade de saúde da sua cidade, mas o médico que a atendeu informou que ela precisava ser transferida para a capital para receber o tratamento adequado. No entanto, a família só teve condições de trazê-la para São Luís na terça-feira.

Aqui, a sobrinha de Martiliana Cardoso da Conceição, a aposentada Maria das Graças de Sousa, moradora da Travessa José Sarney, na Vila Ariri, ligou para o Samu. Segundo a aposentada, a primeira ligação foi feita às 18h da quarta-feira, dia 1º, mas não conseguiu ser atendida. Foram várias tentativas até que às 20h receberam a notícia que a revoltou. “Eles informaram que não tinha macas nas ambulâncias e, por isso, não tinham como vir até minha casa”, afirma.

No dia seguinte, a família pagou um carro para levar a idosa para a Unidade Mista da Área Itaqui-Bacanga. “Eles disseram que lá não tinha a estrutura necessária para o caso dela e recomendaram que a gente levasse ela para o Socorrão, mas a gente não tinha como pagar o carro para levar ela até lá. A gente gastou R$ 30,00 para ir e voltar da unidade mista. Não temos dinheiro para sair daqui para outro bairro de táxi”, diz.

Sem atendimento médico adequado, Martiliana Cardoso da Conceição está em casa sendo tratada com medicamentos caseiros. Por causa do AVC, ela não consegue ficar de pé ou andar, além de não falar. “Ela toma dipirona quando está com muita dor e fora isso eu passo aguardente com manteiga no lado dela que morreu para ela ir melhorando, mas ela precisa ir ao médico porque está com um inchaço no pescoço”, conta.

Já que a família não conseguiu retorno do Samu para levar a idosa a uma unidade de saúde, Maria das Graças de Sousa marcou uma consulta no Hospital Tarquínio Lopes Filho (Hospital Geral). Só que a consulta será apenas na quinta-feira, dia 9. “Ela passa muito mal durante a noite. A gente passa a noite acordada lutando com ela. Estamos até com medo de adoecer e não conseguir dar conta dela, mas temos que esperar o dia da consulta”, lamenta.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís, que informou, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), que o Serviço Móvel de Urgência (Samu) trabalha com a classificação de risco das ocorrências e que, no momento solicitado pela paciente, todos os veículos estavam atendendo chamados com risco eminentes de morte. Somente no fim da tarde o Samu fez a remoção da paciente para uma unidade de saúde da cidade.

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