No próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Associação Comercial do Maranhão receberá Aleteia Lopes, do Ceará, consultora da HSM e diretora-executiva da HerdArs, empresa especializada em sucessão familiar. O evento será para um bate-papo com o público empreendedor sobre a “A performance da mulher em altos comandos”. Ela explanará ao público como a atuação da mulher empreendedora pode ser potencializada por meio de um melhor desempenho.

Aleteia Lopes tem 13 anos de experiência na liderança de projetos de Governança em Empresas Familiares nas regiões Norte e Nordeste. Nos últimos anos, ele tem exercido um trabalho mais direcionado para o desenvolvimento de famílias empresárias e formação de herdeiros e sucessores. Atua como diretora de Governança da Câmara de Comércio e Indústria Brasil e Alemanha no Ceará e como diretora do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa no capítulo Ceará.

Sobre o tema de sua palestra, Aleteia Lopes falou com exclusividade a O Estado:

De que forma a mulher é vista hoje no mundo dos negócios?

Durante muito tempo a mulher foi destinada a habitar na esfera privada da sociedade, exercendo papéis de donas de casa, esposa e mãe. No entanto, ao longo dos anos, através de muita luta na busca de ampliação de seus papéis, a mulher começa a entrar de forma mais ativa no ambiente profissional e a ser reconhecida por suas conquistas no mundo dos negócios. Claro, que há ainda muito a se percorrer na busca de igualdade de direitos, no entanto, não podemos desistir de continuar ocupando mais espaços na esfera pública.

Qual a maior dificuldade encontrada hoje pela mulher empreendedora?

Certamente continua sendo conciliar esses diversos papéis da mulher. Afinal, cuidar da família e dos negócios é uma tarefa árdua. Difícil, cansativa, porém gratificante. As mulheres empreendedoras são muito versáteis, e conseguem na maioria das vezes realizar diversas tarefas com agilidade e primor.

Como a mulher tem lidado para conciliar as inúmeras tarefas da sua vida? Esposa, mãe, filha, dona de casa, empresária.

Como relatado anteriormente, a mulher empreendedora da vida moderna é extremamente versátil e acaba se utilizando de instrumentos de auxílio para o desempenho de seus diversos papéis. Por exemplo: utiliza as creches e escolas de tempo integral no apoio da orientação educacional de seus filhos; pode utilizar as comidas congeladas com excelente balanceamento nutricional para refeições ágeis e práticas. E dentro do seu negócio se estruturar organizacionalmente para ter formas de gerenciamento a distância caso seja necessário. Essa é a vida da mulher moderna: prática, ágil, mas sem perder a feminilidade. Em cima do salto!

No Nordeste, em especial, ainda há preconceito em relação à mulher que quer sair de casa para ter sua independência? Ainda existe este sentimento?

Combater qualquer tipo de preconceito em relação à mulher é sempre uma tarefa árdua; no entanto, as mulheres nordestinas são extremamente lutadoras e por conta de muita adversidade vivida, aprenderam desde cedo a superar com muita garra situações de dificuldades. Ao longo das gerações, observamos uma menor tolerância a qualquer tipo de preconceito, principalmente com o advento da tecnologia, que nos propicia um maior acesso à informação que nos fundamenta na busca de nossos direitos.

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