Descaso

Depois de ampla reforma, feira da Cohab está suja e esquecida

Falta de higiene é comum no espaço; maioria dos boxes está suja, as paredes apresentam infiltrações, algumas grades estão enferrujadas e as calhas, além de ferrugem, acumulam água suja; feirantes jogam as vísceras em caixas no chão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Sem coleta, sujeira é permanente na frente da feira da Cohab
Sem coleta, sujeira é permanente na frente da feira da Cohab

SÃO LUÍS - A feira da Cohab passou por uma ampla reforma e ganhou estrutura para garantir melhores condições de trabalho para os feirantes, mas não é exatamente isso o que acontece no local. No mercado, a falta de higiene é diária. No entorno, o lixo orgânico é disputado pelos cachorros e gatos que andam pelo local em busca de alimento. O mato cresce sem controle próximo às barracas. A situação incomoda feirantes e consumidores, que reclamam da sujeira.

O espaço está em precárias condições de higiene. A maioria dos boxes está suja, as paredes apresentam infiltrações, algumas grades estão enferrujadas e as calhas, além de ferrugem, acumulam água suja. Na área destinada à venda de peixes, a água usada para lavar os alimentos corre livremente pelo chão do mercado.

[e-s001]Os alimentos ficam expostos nos balcões ou dependurados em armações de ferro sem proteção, sob a ação do sol, vento e de insetos. Aves, como pombos, também acabam circulando pela área, por causa de galhos que crescem no entorno da feira e se espalham pelos telhados.

O problema acontece nas bancas que ficam fora do mercado inaugurado em 2010 pela Prefeitura de São Luís. “Aqui fora a coisa é mais bagunçada, porque não tem uma administração. Eu faço o que posso para manter o entorno da minha banca limpa, mas nem todos os feirantes têm a mesma consciência. Por isso, a falta de higiene é grande por aqui”, disse o feirante Marcelo Gonçalves, que há 10 anos vende legumes e verduras no local.

Situação preocupante
Nas bancas em que são comercializadas carne bovina, peixe e frango, a situação é mais preocupante. Os feirantes jogam as vísceras em caixas no chão da feira, o que atrai muitas moscas.

[e-s001]Gatos e cachorros, em busca de alimento, circulam pelos corredores da feira atraídos pelo cheiro das carnes cruas. Muitos dos animais apresentam ferimentos ou sintomas que podem indicar algum tipo de doença. “É muito complicado você vir à feira comprar carne para o almoço e encontrar um animal doente deitado em frente à banca. A gente fica com medo de pegar alguma doença”, conta a dona de casa Rosário Martins.

Sem a limpeza do local, embalagens de plástico e papelão, restos de alimentos, água suja e outros detritos se acumulam na feira, causando mau cheiro, sobretudo na área externa do local.
Eliete Barbosa, professora, que costuma fazer compras no local pelo menos três vezes por semana, disse que a falta de higiene é preocupante e teme que os alimentos, sobretudo as carnes, sejam contaminados.
“Com essa sujeira toda acumulada aqui, é comum vermos ratos, baratas, moscas e outros animais mexendo no lixo. Por isso me preocupo com a qualidade dos alimentos que são vendidos aqui. A gente nunca sabe como vai acontecer uma contaminação”, preocupa-se a professora.

[e-s001]O vendedor de peixes, Geraldo Cutrim, informou que o lixo começou a se acumular no local após alguns feirantes migrarem para frente da feira, pois até então o local era limpo. “A frente da feira era o estacionamento dos nossos clientes, mas aos poucos começou a ser tomado por vários vendedores e a partir disso a sujeira começou a acumular por aqui e piorou com a falta coleta”, disse.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís, que não se manifestou sobre o assunto.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.