Eleições 2018

De olho em 2018, Flávio Dino faz loteamento do governo

Vereador da legenda, Pedro Lucas Fernandes, presidirá Agência Metropolitana abrindo espaço para adversário do senador Roberto Rocha na Câmara Municipal

Carla Lima

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Vereador Pedro Lucas vai atuar no governo Flávio Dino
Vereador Pedro Lucas vai atuar no governo Flávio Dino

MARANHÃO - O governador Flávio Dino (PCdoB) oficializou mais um partido em sua base de alianças. O PTB, do deputado federal Pedro Fernandes e do vereador de São Luís, Pedro Lucas, que comandará a Agência Metropolitana a partir do dia 2 do próximo mês, passar ser governista. Além de contemplar um novo aliado, Dino na verdade trabalha estratégias política visando 2018.

Nomeação visa também atingir Roberto Rocha
Nomeação visa também atingir Roberto Rocha

Em exemplo disso, é que com a saída de Pedro Lucas da Câmara Municipal de São Luís, o governador garante um aliado contra quem poderá ser seu principal adversário em 2018 na disputa eleitoral pelo governo do Estado, o senador Roberto Rocha (PSB).

Isso será possível porque Pedro Lucas será substituído por Joãozinho Freitas, um dos adversários políticos do senador na área do Vicente Fialho.

A O Estado, o futuro vereador disse somente que sua atuação será em prol de sua comunidade ressaltando os anos que tentou se tornar membro da Câmara de São Luís. “Foram anos que me candidatei e agora vou trabalhar para justificar a confiança dada a mim pelos eleitores e pelo meu partido”, afirmou Freitas.

Além de ter alguém na Câmara de são Luís, Dino traz para dentro de seu governo um partido que durante anos foi aliado histórico do PMDB no Maranhão. O partido participou de todos os quatro governo de Roseana Sarney sendo que no último, o presidente da legenda, o deputado Pedro Fernandes, comandou a Secretaria de Educação.

As negociações para a entrada do PTB no governo durou cerca de um mês e foi efetivada ontem após reunião entre Flávio Dino e o petebista. Pelo seu perfil em rede social, Dino anunciou a nova escolha.

“O vereador Pedro Lucas será presidente da Agência Metropolitana, que coordenará ações do governo do Maranhão com 13 munícipios da Região de São Luís”, disse Dino.

Sobre a ida do PTB para a base governista, Pedro Lucas disse que faz parte do nosso momento que vive seu partido. “Estamos em uma nova história e agora estamos fortalecendo os laços”, afirmou.

Metropolização

A Agência de Metropolização, que foi criada por exigência da legislação federal, reunirá 13 prefeituras do Maranhão para que seja criada a já falada, conversada e debatida metropolização da região da Grande São Luís.

A criação da agência foi necessária para que seja institucionalizada as ações que levem as cidades envolvidas a se reunir e efetivar uma metropolização.

Um fundo será criado para que ações sejam efetivadas em todos os municípios participantes. “O governo entrará com uma percentual e as prefeituras com sua parte, afirmou o futuro presidente da agência, Pedro Lucas Fernandes.

A posse de Pedro Lucas estar prevista para dia 2 de março no Palácio dos Leões. O petebista comandará um conselho que será formado para gerir os recursos do fundo a ser criado para que ações sejam efetivadas em prol da metropolização que envolverá São Luís e mais 12 cidades. Além de Pedro Lucas, Flávio Dino confirmou que o Pastor Porto também integrará sua equipe, ocupando o cargo de Secretário de Relações Institucionais.

Com mais a Agência, governo aumenta máquina pública

Em 2017, o governo do Estado iniciou reduzindo pastas após extinguir Secretaria de Minas e Energia e fundido a Agência Reguladora de Serviços Públicos com a Agência de Mobilidade Urbana.

No entanto, acabou criando a Agência Executiva Metropolitana e também a Secretaria de Relações Institucionais, pasta que será comandada pelo ex-vice-governador do Maranhão, Pastor Porto.

Apesar de já ter sido um crítico do tamanho da máquina pública, Dino agora tem 32 pastas entre secretarias e autarquias com status de secretarias. Estruturas grandes que servem, principalmente, para abrigar aliados deixando de lado o discurso da competência técnica para ocupar cargos na gestão comunista.

De 2015 quanto assumiu e até o momento, o governo Flávio Dino aumentou o número de pastas do primeiro escalão. Quando começou seu governo, Dino estava com 31 secretarias. Após fusões – que tentam passar a impressão de redução da máquina – e criação de outros espaços, o governo tem hoje 32 pastas de primeiro escalão.

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