Quase isolados

Dunas avançam sobre rotatória e deixam avenida comprometida

Situação ocorre na Avenida Atlântica, no Olho d’Água; moradores reclamam da falta de ação do poder público, que já foi solicitada há vários anos, por causa dos contínuos problemas na área

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Rotatória que havia na Avenida Atlântica, no Olho d’Água
Rotatória que havia na Avenida Atlântica, no Olho d’Água

SÃO LUÍS - Moradores da Avenida Atlântica, no Olho d’Água, reclamam que a areia da praia cobriu a maior parte da via, formando uma duna. Por causa deste fenômeno natural, eles estão tendo uma série de transtornos e o mais recente são os alagamentos em dias de chuva. Como as galerias para escoamento da água pluvial foram entupidas, a água está invadindo as casas. A comunidade reclama do problema há vários anos, mas até agora o poder público não tomou nenhuma medida para resolver o problema.

Quem passa pela via pode pensar que ela é apenas uma ruela sem fim, mas Romain Melo, que mora no local há 32 anos informa que não é bem assim. “Quando o Governo do Estado tinha a Gerência Metropolitana, construiu esta avenida aqui que tinha duas pistas e uma rotatória no fim, que é exatamente este ponto em frente à minha casa”, diz.

A chuva leva muita areia daqui, mas quando chega o verão o vento traz de volta. São fenômenos naturais. O que está faltando é o poder público aprender a lidar com isso e tomar as medidas, para que a população não tenha transtornos”Romain Melo, moradora da Avenida Atlântica, no Olho d’Água

Mas hoje o que se vê é uma pequena faixa de asfalto em frente a uma grande duna. A rotatória da avenida foi totalmente encoberta pela areia. A outra pista da avenida também foi totalmente encoberta e até os postes de iluminação instalados ao longo da via foram parcialmente cobertos pela faixa de areia.

Segundo Romain Melo, máquinas retiravam o excesso de areia do local, mas desde o primeiro ano de mandato da gestão Edivaldo Holanda Júnior (PDT) o serviço foi interrompido. “Esta é uma área de reposição de areia. É natural que ela ocupe esta área, mas se o excesso fosse retirado periodicamente não teríamos este problema”, ressalta.

[e-s001]Por causa disso as tubulações para escoamento da água da chuva ficaram entupidas. Das três apenas uma ainda está aberta. “Por causa de muito sacrifício meu que não deixo ela entupir, mas como a boca do outro lado está entupida, a água da chuva não escoa, fica empoçada”, relata.

Romain Melo e família tem enfrentado momentos difíceis neste período chuvoso. Na sexta-feira, dia 17, a água das chuvas invadiu a casa da família. “Foi a segunda vez este ano que isso aconteceu”, afirma. Por causa dos alagamentos, ela está fazendo uma obra em sua casa para evitar que água da chuva fique empoçada.

[e-s001]Há vários anos ela e os demais moradores da avenida procuram o poder público para tentar resolver o problema. Já foram procurados órgãos da administração municipal e os ministérios públicos estadual e federal. “Desde 2004, a gente faz abaixo-assinado, participa de reuniões com órgãos públicos, envia ofícios informando a situação”, informa.

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