Governo Flávio Dino

Secretário de Infraestrutura será sabatinado por deputados na AL

Clayton Noleto terá que responder questionamentos sobre uso eleitoreiro do programa “Mais Asfalto” durante as disputas de 2016

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Clayton Noleto responderá perguntas de deputados
Clayton Noleto responderá perguntas de deputados (Clayton Noleto)

MARANHÃO - O secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto (PCdoB), será sabatinado hoje por deputados estaduais na Assembleia Legislativa. O evento está marcado para as 11h no plenário da Casa.

O convite para a presença do comunista no Legislativo foi feito pelo deputado Edilázio Júnior (PV). Ele já havia tentado convocar o auxiliar do governo Flávio Dino (PCdoB) no ano passado, mas teve o pleito rejeitado pela maioria governista.

No início da atual sessão legislativa, ele se preparava para apresentar novo requerimento, mas conseguiu um acordo com a base aliada ao Palácio dos Leões, que concordou em levar o secretário para uma sabatina depois de o parlamentar verde lembrar que, durante a abertura dos trabalhos legislativos, o próprio governador havia garantido que todos os seus auxiliares estavam à disposição para esclarecimentos na Assembleia.

O objetivo é obter esclarecimentos do titular da pasta quanto ao Programa Mais Asfalto, cronograma de obras e a execução de contratos da atual administração no exercício financeiro 2017.

Expectativa – Em entrevista a O Estado, Edilázio Júnior comentou a expectativa para a sabatina. Segundo ele, o “Mais Asfalto”, programa de asfaltamento de estradas do Governo do Estado, foi utilizado eleitoralmente em 2016 e sobre isso a oposição deve pedir esclarecimentos mais detalhados.

“Nós, sobretudo da bancada de oposição, estamos ansiosos para observar quais serão os esclarecimentos do secretário Clayton Noleto a respeito do maior programa eleitoreiro da história do Maranhão, que é o Mais Asfalto. Foram inúmeras fugas do secretário filiado ao PCdoB, desde o início do mandato do governador Flávio Dino, em 2015. E somente agora, depois de tanta pressão, o Governo recuou e resolveu atender a um pedido da Assembleia”, destacou.

Ainda de acordo com o parlamentar, são vários os questionamentos a serem feitos ao titular da Sinfra, principalmente porque, na visão dele, faltou transparência à gestão comunista ao longo dos últimos anos.

“Temos vários questionamentos a fazer e o secretário inúmeros esclarecimentos a dar. Flávio Dino muito falou em tra1nsparência quando ainda era apenas candidato a governador, mas nunca aplicou esse princípio no seu governo. E é justamente isso que motiva a ida do secretário à Assembleia. Faltou transparência às ações do Governo. Sobram agora, dúvidas”, completou.

Titular da Sinfra foi denunciado por crime de reponsabilidade

Em dezembro do ano passado, também após requerimento do deputado Edilázio Júnior (PV), a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa chegou a deferir pedido de abertura de procedimento, por crime de responsabilidade, contra o secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto (PCdoB).

O caso, contudo, acabou não sendo encaminhado à Procuradoria do Legislativo porque os deputados Bira do Pindaré (PSB) e Levi Pontes (SD) recorreram ao plenário, que, um dia depois, decidiu pelo indeferimento do pleito.

O pedido de Edilázio teve como base um requerimento aprovado também pela Mesa Diretora dois meses antes. Por meio dele, solicitava-se do titular da Sinfra a relação dos municípios beneficiados pelo “Programa Mais Asfalto” e o cronograma físico/financeiro das obras do programa. O prazo para a prestação dos esclarecimentos era de 30 dias.

As informações, contudo, só foram fornecidas à Assembleia Legislativa depois que Edilázio Júnior anunciou que entraria com o pedido contra o secretário – 57 dias após a aprovação do requerimento e, de acordo com o deputado, de forma incvompleta.

“É um deboche esse relatório que o senhor Clayton Noleto nos encaminhou”, reclamou Edilázio Júnior na ocasião, após ter recebido da Sinfra apenas uma relação de sete páginas com os municípios onde o programa já havia sido concluído e onde as obras ainda estavam em andamento.

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