Movimentos partidários

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41

A situação do PSDB é a única que está na superfície, expondo dirigentes e filiados por causa das
eleições de 2018. Mas a ebulição partidária está em pleno andamento em todas as legendas. A situação de algumas delas:
PPS: esvaziada pela derrota nas eleições de 2018, a deputada federal Eliziane Gama tenta se equilibrar entre a pressão da cúpula nacional - que exige um patamar de votos para a Câmara Federal - e os dirigentes estaduais, que já não aceitam o controle hegemônico dela.
PCdoB: o partido do governador Flávio Dino também precisa arregimentar quadros de peso para formar chapa capaz de garantir os votos necessários e eleger, ao menos, quatro dos atuais secretários-candidatos.
PSB: abrigo temporário de lideranças como o senador Roberto Rocha, o deputado federal José Reinaldo Tavares e o estadual Bira do Pindaré, a legenda presidida pelo prefeito de Timon, Luciano Leitoa, quer ter uma identidade própria a partir das eleições do ano que vem.
PT: o partido virou uma espécie de “masmorra medieval” na definição do jornalista Robert Lobato, por causa da falta de propósitos e de projetos desde a derrocada do governo Dilma; e tenta se reerguer a partir de uma aliança com o governo Flávio Dino.
Entre as principais legendas maranhenses, apenas PDT e PMDB seguem com projeto eleitoral relativamente definido, por isso não sofrem tanto com as arrumações para as eleições de 2018.

Com Flávio, não!
O PSDB deve decidir até o fim de março o futuro da legenda no Maranhão e o projeto para as eleições de 2018.
O que já está certo na cúpula nacional é que o partido não estará no palanque do governador Flávio Dino nas próximas eleições.
Por causa disso, o diretório nacional tem dado sucessivos sinais de esvaziamento do vice-governador Carlos Brandão, que preside a legenda no estado.

Força popular
Começaram a surgir na internet manifestações mais efetivas contra o governo Flávio Dino (PCdoB).
Comerciantes, sindicalistas e populares aproveitam-se de eventos sociais ou manifestações políticas para exibir uma camiseta.
Na peça aparece a inscrição “Votei, me decepcionei; Flávio Dino nunca mais”.

De saída
Ainda filiado ao PCdoB, o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, já está conversando com outras legendas.
O prefeito pretende disputar as eleições majoritárias de 2018, e sabe que entre os comunistas não terá o espaço que pretende.
Um dos interlocutores mais próximos de Gonçalo é o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que pode ou não segui-lo no novo rumo partidário.

Barreiras
Pelo menos quatro partidos políticos maranhenses - PCdoB, PPS, PV e PROS - vão ter que correr contra o tempo para formar uma chapa de peso para a disputa de 2018.
Esses partidos podem ser atingidos pela exigência da Cláusula de Barreira, que estabelece um mínimo de 2% de votos para que a legenda possa sobreviver a partir de 2019.
Para isso, os dirigentes querem fortalecer suas chapas de candidatos a deputado federal em 2018.

Preferência
Embora tente demonstrar proximidade com o governo Flávio Dino - inclusive no embate com a oposição -, o líder governista Rogério Cafeteira (PSB) perdeu espaço.
Dino tem como interlocutores preferenciais os novos líderes das bancadas, Rafael Leitoa (PDT), Marco Aurélio (PCdoB) e Fábio Macedo (PDT).
Para o governador, os três têm identidade de origem com o projeto comunista.

Recuou
O governador Flávio Dino (PCdoB) recuou e admitiu, em seu perfil no Twitter, que praias estão impróprias para banho na capital.
Numa imagem publicada pelo comunista do relatório de balneabilidade, as praias de Ponta d’Areia e São Marcos aparecem como inadequadas.
Em janeiro, Dino chegou a gravar um vídeo na orla de São Luís para “provar” que todas as praias estavam completamente limpas.

Troféu?
Desde o período em que ainda estava na oposição, Flávio Dino trata a balneabilidade das praias como uma espécie de divisor de águas entre ele e os seus adversários.
Na ocasião em que o então secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, apresentou relatório com pontos próprios para banho na capital, ele tentou desqualificar.
Mas foi só sentar no “trono” do Palácio, que passou a tratar a despoluição das praias como algo inédito no Maranhão. E tenta, a todo instante, mostrar que se trata de algo consolidado por seu governo.

E MAIS

• Presidente municipal do PMDB, o ex-vereador Fábio Câmara ressente-se da falta de espaço no partido para as decisões envolvendo o Governo Federal.

• As fortes chuvas que caíram ontem em Açailândia levaram, literalmente, uma praça inteira que estava sendo construída em frente a uma UPA da cidade.

• A Assembleia Legislativa vai discutir esta semana os motivos que levam a Prefeitura de Pindaré a não nomear concursados, mesmo após decisão da Justiça.

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