Obra clássica

Livro “A Bagaceira” ganha nova edição

Obra de José Américo Almeida foi lançada na década de 1930; livro é considerado o marco da segunda fase do Modernismo brasileiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Livro foi lançado pela primeira vez na década de 1930
Livro foi lançado pela primeira vez na década de 1930 (Livro A Bagaceira)

Em nova edição, com capa renovada, a José Olympio relança “A bagaceira”, de José Américo Almeida. Considerado o marco inicial da segunda fase do Modernismo brasileiro e obra inaugural do ciclo do “romance nordestino” dos anos 1930, o livro traz glossário composto pelo próprio autor e Ivan Cavalcanti Proença e introdução de M. Cavalcanti Proença. Obra foi adaptada para um programa especial na Rede Globo, exibido em 2001 e também já foi levada para o cinema em 1976.

A trama se passa entre 1898 e 1915, dois períodos de grandes secas nordestinas. O enredo central gira em torno do triângulo amoroso entre Soledade, Lúcio e Dagoberto. Soledade, menina sertaneja, retirante da seca, chega ao engenho de Dagoberto, pai de Lúcio, acompanhada de vários retirantes: Valentim, seu pai, Pirunga, seu irmão de criação, e outros que fugiam da seca. Lúcio e Soledade acabam se apaixonando. Mas a relação entre os dois ganha ares dramáticos quando Dagoberto violenta Soledade e faz dela sua amante.

A tragédia de amor serve ao autor, político paraibano, puramente como pretexto para denunciar os problemas sociais econômicos do Nordeste, os dramas dos retirantes das secas e da exploração do homem em um injusto sistema social. Explorando os mesmos temas, o baiano Jorge Amado, a cearense Rachel de Queiroz, o alagoano Graciliano Ramos e o também paraibano José Lins do Rego desenvolveram a mesma literatura ficcional crítica e revolucionária.

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