Cinema

É Tudo Verdade 2017 anuncia filme de João Moreira Salles

“No Intenso Agora” terá pré-estreia na 22ª edição do festival que ocorrerá em abril simultaneamente no Rio de Janeiro e em São Paulo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
(João Moreira Salles)

O novo documentário de João Moreira Salles, “No Intenso Agora”, é o primeiro título a ter sua pré-estreia brasileira confirmada pelo É Tudo Verdade 2017 – 22o Festival Internacional de Documentários. A 22ª edição do mais tradicional festival latino-americano dedicado exclusivamente à produção não-ficcional acontecerá entre 20 e 30 de abril, simultaneamente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

“É uma honra para o É Tudo Verdade apresentar mais uma vez a estreia de um novo filme de João Moreira Salles. A obra cinematográfica de João ajudou a redefinir a face do documentário brasileiro e marca profundamente a história do próprio festival, bastando lembrar a abertura há uma década com ‘Santiago’. Agradeço a ele o privilégio de confiar-nos "No Intenso Agora” afirma o fundador e diretor do festival, Amir Labaki.

O documentário chega aos cinemas do país após participar da mostra Panorama Documento do Festival de Berlim 2017.

“Boa parte do atual vigor do documentário brasileiro pode ser atribuída ao festival É Tudo Verdade. É ele que há mais de vinte anos vem expondo o realizador brasileiro ao melhor da produção mundial no gênero. Isso tem uma força tremenda, pois educa o nosso olho. Tome o meu caso. Em certa medida, meu novo filme é uma tentativa de refletir sobre a natureza das imagens não-ficcionais. Muito do que está ali nasceu do contato com diretores e documentários que conheci por causa do É Tudo Verdade. É por isso que exibir ‘No Intenso Agora’ pela primeira vez no Brasil dentro do festival onde aprendi tanto é, para mim, como voltar para casa”, diz João Moreira Salles.

Filme

Feito a partir da descoberta de filmes caseiros rodados na China em 1966, durante a fase inicial e mais aguda da Revolução Cultural, “No Intenso Agora” trata da natureza efêmera dos momentos de grande intensidade. Às cenas da China somam-se imagens dos eventos de 1968 na França, na Tchecoslováquia e, em menor medida, no Brasil, a partir das quais, na tradição dos filmes-ensaio, tenta-se investigar como aqueles que tomaram parte naqueles acontecimentos seguiram adiante depois do arrefecimento das paixões.

As imagens, todas elas de arquivo, revelam não só o estado de espírito das pessoas filmadas – alegria, encantamento, medo, decepção, desalento – como também a relação entre registro e circunstância política. O que se pode dizer de Paris, Praga, Rio de Janeiro e Pequim a partir das imagens daquele período? Por que cada uma dessas cidades produziu um tipo específico de registro.

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