Violência

Assad afirma que há ''terroristas'' entre os refugiados sírios

Presidente sírio também rejeitou a proposta de Trump de criar zonas de segurança na Síria para civis deslocados pela violência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
O presidente não especificou quantos dos 4,8 milhões de refugiados sírios seriam terroristas.
O presidente não especificou quantos dos 4,8 milhões de refugiados sírios seriam terroristas. (Assad)

TEERÃ - O presidente da Síria, Bashar al Assad, afirmou que entre os milhões de refugiados que abandonaram o país pela guerra civil há terroristas, segundo uma entrevista do Yahoo News publicada na sexta-feira,10.

Ao ser consultado pelas afirmações neste sentido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Assad concordou. "É possível encontrá-los na rede. Esses terroristas que na Síria portavam metralhadoras ou matavam gente são pacíficos refugiados na Europa e no Ocidente", enfatizou.

O presidente não especificou quantos dos 4,8 milhões de refugiados sírios seriam terroristas. "Não é preciso um número significativo para cometer atrocidades", observou.

Também rejeitou a proposta de Trump de criar zonas de segurança na Síria para civis deslocados pela violência e, desta maneira, evitar sua migração para outros países.

"As zonas de segurança para os sírios só poderão ser criadas quando houver estabilidade. Onde não houver terroristas. Onde não houver apoio a esses terroristas por parte de países vizinhos ou dos países ocidentais", acrescentou. "Não é uma ideia realista de forma alguma", concluiu.

Segurança

Em janeiro, a Casa Branca ordenou ao Pentágono e ao Departamento de Estado dos EUA que elaborem um plano para criar zonas de segurança na Síria e nos arredores da região.

Assad também chamou de "falso" o recente relatório da Anistia Internacional que acusou o governo sírio de ter enforcado cerca de 13 mil pessoas em cinco anos, entre 2011 e 2015, em uma prisão do governo perto de Damasco, denunciando uma "política de extermínio". "Estamos vivendo uma era de falsas notícias", afirmou Assad, segundo a agência Efe.

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