Laudo contestado

Sem praias, sem turismo

As praias poluídas acabam figurando como um cartão-postal pouco atrativo, causando uma impressão ruim

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41

Em uma cidade litorânea, além das belezas culturais e históricas, o esperado é que as praias sirvam como um importante atrativo turístico, como acontece em várias cidades brasileiras como Fortaleza, Recife, Maceió, João Pessoa e Salvador. Porém, esta não é necessariamente uma realidade da capital maranhense. A situação da orla da Grande São Luís é bem diferente. As praias poluídas acabam figurando como um cartão-postal pouco atrativo, causando uma impressão ruim para quem visita a cidade esperando desfrutar de um bom banho de mar na cidade.

Mesmo depois de diversos e contraditórios laudos de balneabilidade divulgados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), incentivando que moradores e turistas adentrem no mar em função da garantia da limpeza das praias, o número de pontos impróprios para banho continua apresentando dados expressivos e crescentes.

O mais recente laudo, divulgado pela secretaria na semana passada, mostrou que, em apenas uma semana, os locais impróprios para banho subiram de três para seis pontos de áreas extremamente poluídas. Praia da Ponta D’Areia, São Marcos e Olho D’Água, que são as mais frequentadas, estão sempre entre as que mais apresentam pontos poluídos. Apesar de já ter sido alardeado pelo Governo no ano passado que todas as praias da Ilha estavam próprias para banho, os números divulgados toda semana pela Sema mostram que a realidade ainda é bem diferente.

O assunto já foi tema de diversas reportagens de O Estado e foi repercutido nacionalmente neste fim de semana com uma pesquisa divulgada pelo jornal Folha de São Paulo sobre as praias de São Luís. Como já era esperado, o Maranhão foi citado com uma incômoda classificação negativa de praias em São Luís e São José de Ribamar. A pesquisa mostrou diversos pontos de poluição nas Praias do Meio e Araçagi, que ficam localizadas no município de São José de Ribamar, além das praias São Marcos, Calhau, Ponta D’Areia e Olho D’Água. Todos esses locais foram classificados como “péssimos” pela pesquisa que analisou 1.180 pontos monitorados em 14 estados brasileiros.

Nesse sentido, o resultado da pesquisa nacional só atesta que a despoluição das praias da Grande Ilha ainda é inconclusiva e reforça ainda mais que é preciso uma preocupação verdadeira com os problemas das praias locais. O que se espera é um comprometimento real do Poder Público Estadual para resolver o problema e que o discurso vá além da propaganda.

O mês de fevereiro, em que acontecem as festividades carnavalescas, por exemplo, as praias da capital maranhense deveriam servir como um diferencial para atrair os turistas de outros estados, que poderiam encontrar em São Luís uma imensa riqueza cultural aliada às belas praias do litoral ludovicense. No entanto, o Carnaval vai aproximando e na rede hoteleira só cresce a preocupação com a baixa demanda de reservas para esse período.

Sem turistas efetivamente circulando pela cidade, a economia de São Luís deixa de ganhar uma renda importante que poderia servir para recuperar as perdas que o comércio acumulou ao longo do ano passado.

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