Laudos

Pesquisa classifica praias de São Luís como péssimas

Levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo apontou 16 pontos das praias da capital maranhense e de São José de Ribamar como péssimos; Governo do Estado questiona os dados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
"Língua Negra" denuncia a poluição das praias

SÃO LUÍS - O jornal Folha de S. Paulo divulgou ontem o resultado de uma pesquisa feita durante o ano de 2016 em 1.180 pontos de praias monitorados em 14 estados do país e mostrou que na Ilha de São Luís os 16 pontos mostrados na reportagem são péssimos para banho. A reportagem contesta os laudos emitidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), cujo último, divulgado no dia 25 de janeiro, dizia que apenas seis pontos estavam impróprios.

A Folha seguiu as normas federais para medir a qualidade das águas. Segundo essas normas, uma praia seria considerada própria se não tiver registrado mais de 1.000 coliformes fecais para cada 100 ml de água na semana de análise e nas quatro anteriores. Com os números do levantamento, a reportagem usou um método que classifica as praias como “ótima” e “péssima”. “Entre as capitais nordestinas, São Luís é a de pior situação: todas as 16 praias”, afirma o texto publicado pela Folha de S. Paulo.

Laudo

O último laudo da Sema, divulgado no dia 25 de janeiro e que monitora 21 pontos, apontou que a Praia da Ponta d'Areia seria a que mais possui regiões impróprias, quatro de seis pesquisadas. Outros dois pontos estariam na Praia de São Marcos, próximo à foz do Rio Calhau, e na Praia do Olho d’Água, à direita da Elevatória Pimenta I.

Em nota, o Governo do Maranhão afirmou que a reportagem da Folha de S. Paulo usa dados desatualizados relativos ao início de 2016. Segundo a nota, o texto aponta um quadro que já teria sido superado desde julho de 2016, quando os relatórios técnicos e laboratoriais passaram a apontar a balneabilidade de quase a totalidade das praias da capital.

O deputado estadual Adriano Sarney (PV), membro da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa, afirmou que, se as praias (de São Luís) fossem despoluídas, em nenhum momento ficariam impróprias para o banho. “O governo foi irresponsável em gastar dinheiro público em propaganda para divulgar que as praias estavam despoluídas. Não estão despoluídas, alguns pontos se tornam próprios para banho em determinados momentos. Só serão despoluídas se houver tratamento de esgoto e coleta adequada do lixo”, afirmou o deputado.

Placas sinalizam áreas impróprias para banho
Placas sinalizam áreas impróprias para banho

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Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), as águas das praias serão consideradas próprias, quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras, obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, e colhidas no mesmo local, houver no máximo 100 Enterococos/100 mL (NMP - Número Mais Provável). As águas das praias serão consideradas impróprias quando não atenderem aos critérios anteriores, ou quando o valor obtido na última amostragem for superior a 400 Enterococos/100 mL (NMP).

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