Rotina

Terminais de ônibus: usuários reclamam de desorganização

Após a licitação do transporte público de SL, os consórcios e empresas vencedores administram os terminais de integração

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
No terminal da Cohama, ambulantes por toda a parte, disputam o espaço das plataformas com os passageiros.
No terminal da Cohama, ambulantes por toda a parte, disputam o espaço das plataformas com os passageiros.

SÃO LUÍS – Quem utiliza o transporte público em São Luís e precisa passar por um dos cinco pontos de integração que existem na cidade, reclama da falta de organização e segurança que convivem diariamente dentro dos terminais.

A equipe de OESTADOMA.COM visitou três dos principais terminais de ônibus de capital, Cohama, Cohab e São Cristóvão e conferiu a atual situação desses locais.

Após a licitação do transporte público de São Luís, realizada no ano passado, três consórcios e uma empresa foram vencedores: Central, Via SL, Upaon-Açu e a Viação Primor. Cada um desses consórcios e empresas ficaram responsáveis por administrar um terminal. A Viação Primor, pelo terminal da Cohama, Via SL, ficou com o terminal da Cohab e o consórcio Upaon-Açu, com o terminal do São Cristóvão.

Terminal da Cohama

No terminal da Cohama, muita desorganização é vista. Ambulantes por toda a parte, disputam o espaço das plataformas com os passageiros. Pode ser encontrado de tudo entre os vendedores, mas a venda de lanches predomina.

A ambulante Silvana Rodrigues, conta que trabalha no terminal da Cohama há um ano. Ela diz que veio a convite de uma amiga, que também tem uma barraca dentro da integração. Dona Silvana afirma que não existe nenhum tipo de fiscalização com relação aos vendedores dentro do local. “Eu vim pra cá, pois estou desempregada”, relata a ambulante.

Alguns passageiros também reclamam e questionam o fato do grande número de ambulantes dentro do terminal. “Não é o lugar certo para eles estarem, mas eles precisam”, afirma a passageira Silvia Vieira, que acha que esses vendedores deveriam ser acômodos em um outro lugar nas proximidades do próprio terminal.

No quesito segurança, muitos usuários do transporte reclamam da insegurança que sentem não apenas dentro dos ônibus, mas dentro dos próprios terminais. Dentro do terminal da Cohama, não foi visto ninguém fazendo a segurança, ou alguma viatura policial. Os passageiros reclamam. “A minha amiga foi assaltada aqui dentro, na semana passada”, conta Vanderlane Ataíde.

Até o momento, não conseguimos entrar em contato com Viação Primor, empresa que administra o terminal da Cohama, para falar sobre a situação.

Terminal da Cohab

No terminal da Cohab, administrado pelo consórcio Via SL, a situação é um pouco diferente. Não existem ambulantes no local, mas ainda assim os usuários reclamam da falta de organização e fiscalização dentro do terminal.

Grávida de sete meses, a estudante Maiara Silva reclama da falta de educação das pessoas, principalmente, ao subir no ônibus. Não existe uma organização, as estruturas de ferro que existiam para organizar as filas já foram até retiradas de todas as plataformas do terminal. “Quando o ônibus chega, as pessoas não respeitam ninguém. Nessa hora não existe prioridade”, lamenta a jovem Maiara.

Segundo informações dos frequentadores do terminal da Cohab, os fiscais não ficam nas plataformas orientando os passageiros. “Muitas vezes a gente mesmo que fica dando informações de onde passa uma linha ou outra, pois não tem ninguém aqui que faça isso”, relata a gestante.

Alguns buracos também são encontrados dentro do terminal, as pessoas reclamam que quando chove, alguns ônibus caem dentro das crateras e jogam água nos passageiros, causando transtornos para quem depende do sistema.

De acordo com João Carlos, que gerencia o terminal da Cohab, diariamente existe uma lista com 36 itens para serem cumpridos no local, como fiscalização, limpeza e organização.

O gerente informa que dentro do terminal da Cohab, é proibido a entrada de ambulantes, somente a venda de jornais por pessoas cadastradas. João Carlos conta ainda, que os ferros que organizavam as filas nas plataformas, foram tiradas por conta da demanda muito grande de passageiros.

Foi informado também que uma viatura da polícia, realiza rotas frequentes dentro do terminal, o que diminuiu bastante o número de assaltos no local.

Com relação aos buracos, foi informado que o consórcio responsável por administrar o terminal já está tomando medidas para resolver o problema.

Buraco no terminal da Cohab causa transtornos
Buraco no terminal da Cohab causa transtornos

Terminal do São Cristóvão

No terminal do São Cristóvão, que atende a região da Cidade Operária e bairros adjacentes, assim como no da Cohab, não são vistos ambulantes no local, mas ainda assim, alguns passageiros reclamam bastante da questão da organização do local, principalmente nos horários de pico.

Para dona Ana Cristina Souza, moradora da Santa Clara, a pior parte é na hora do embarque no ônibus, pois aliado a falta de organização, a má educação de muitas pessoas contribui para que a situação fique ainda pior. “Eu já presenciei muitas pessoas caindo aqui na hora de subir no ônibus”, relata.

Até o momento, não conseguimos entrar em contato com o consórcio Upaon-Açu, responsável pelo terminal do São Cristóvão.

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