Punição

EUA anunciam novas sanções ao Irã após teste de míssil

Governo afirma que vai punir 13 pessoas e 12 entidades iranianas; em resposta, Irã disse que também vai impor restrições a indivíduos e organizações dos EUA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Mais cedo, Trump havia postado em seu Twitter que o "Irã está brincando com fogo" e "não aprecia o quão 'gentil' o presidente Obama foi". "Mas não eu!", completou.
Mais cedo, Trump havia postado em seu Twitter que o "Irã está brincando com fogo" e "não aprecia o quão 'gentil' o presidente Obama foi". "Mas não eu!", completou. ( O presidente dos EUA, Donald Trump, critica acordo nuclear com o Irã)

WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira,3, que vai aplicar novas sanções ao Irã em resposta a um teste de míssil feito pelo país no domingo,29. Em um comunicado em seu site, o Tesouro dos EUA listou 13 indivíduos e 12 organizações suspeitos de apoiar logisticamente os mísseis balísticos iranianos que serão alvo das sanções. Algumas são baseadas nos Emirados Árabes Unidos, no Líbano e na China.

"O contínuo apoio do Irã ao terrorismo e o desenvolvimento de seu programa de mísseis representam uma ameaça à região, mas aos nossos parceiros no mundo todo e aos Estados Unidos", explicou John Smith, o diretor interino do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro americano, em comunicado.

Em resposta, o Irã anunciou que também vai impor restrições a indivíduos e organizações americanas que ajudam “grupos terroristas regionais”. O país do Oriente Médio afirmou que as novas sanções dos EUA violam os compromissos legais e o acordo nuclear da ONU assinado em 2015.

Mais cedo, Trump havia postado em seu Twitter que o "Irã está brincando com fogo" e "não aprecia o quão 'gentil' o presidente Obama foi". "Mas não eu!", completou.

Já o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, tuitou que a República Islâmica não se abalou com as ameaças dos Estados Unidos e que Teerã jamais começaria uma guerra.

"O Irã não se deixa perturbar por ameaças, já que obtemos segurança de nosso povo. Jamais iniciaremos uma guerra, mas só podemos confiar em nossos próprios meios de defesa", escreveu Zarif.

Zarif disse que seu país não pretende usar seu poderio militar contra nenhum país, a não ser em legítima defesa.

Na quinta-feira, 2, Trump havia dito que "nada está descartado" no trato com os iranianos. Colegas republicanos do Congresso disseram que vão apoiá-lo com novas sanções.

Teste

Na quarta-feira, 1º, o Ministério da Defesa do Irã confirmou que o país testou um novo míssil, mas acrescentou que o lançamento não violou o acordo firmado com potências mundiais sobre o programa nuclear iraniano nem uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em apoio ao pacto. No dia seguinte, o presidente Trump anunciou que advertiu formalmente o país.

A República Islâmica testou vários mísseis balísticos desde o acordo de 2015, mas este é o primeiro desde a posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante sua campanha, Trump disse que iria deter o programa de mísseis iraniano.

"O teste recente estava alinhado aos nossos planos, e não iremos permitir que estrangeiros interfiram em nossos assuntos de defesa", disse o ministro da Defesa, Hossein Dehghan, segundo a agência de notícias Tasnim. "O teste não violou o acordo nuclear da Resolução 2231 (da ONU)", afirmou.

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