SÃO LUÍS - A deliberação do Ministério Público (MP) para que todos os eventos de pré-Carnaval em São Luís a serem realizados em áreas públicas só possam ter sua licença aprovada se forem alocados na área do Centro Histórico, Madre Deus e Aterro do Bacanga, além da proibição de fechamento de espaços, com o intuito de cobrança de entrada, teve um saldo positivo, nos primeiros dias.
De acordo com titular da 2ª Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial, promotor Cláudio Guimarães, alguns dos principais blocos de pré-Carnaval, que realizavam festas em espaços públicos, tiveram de se adaptar e mudaram para espaços privativos, o que, na opinião do promotor, é o mais correto a se fazer, já que os responsáveis por esses eventos estariam lucrando em cima do espaço público.
O Carnaval na Madre Deus também foi disciplinado, com os horários determinados na deliberação sendo cumpridos à risca, com a ajuda da Polícia Militar e demais órgãos de fiscalização. “Temos acompanhado o pré-Carnaval e até o momento o MP não recebeu nenhuma reclamação de descumprimento”, afirmou o promotor.
Medida
A deliberação veio após o apelo dos moradores do bairro Cohatrac, que denunciaram ao Ministério Público uma série de abusos que vinham ocorrendo durante as festa de pré-Carnaval. Segundo Cláudio Guimarães, a medida visa civilizar as brincadeiras nos bairros, que hoje não possuem a menor condição de segurança, limpeza urbana e controle, ficando apenas para os órgãos públicos arcarem com as despesas advindas da realização de um evento privado.
A medida, no entanto, não proíbe a realização de festas pré-carnavalescas em áreas privadas, ou seja, em casas de shows, boates e afins seguem liberadas, dentro do que diz a lei. Blocos de rua e charangas também não estão proibidos de saírem. Eles só não podem fazer o uso de trios elétricos e carros de som.
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