Governo Flávio Dino

A um ano da eleição, Flávio Dino terá oposição maior na Assembleia

Governador deve enfrentar debate mais qualificado e duro com a independência de parlamentares como Eduardo Braide, Graça Paz, Wellington e Alexandre Almeida

Marco Aurélio D''Eça - Editor de Política

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
A posição de cada um
A posição de cada um

MARANHÃO - O governador Flávio Dino (PCdoB) deve iniciar o ano pré-eleitoral com uma oposição mais consistente na Assembleia Legislativa. Nomes que compunham a sua base parlamentar até o ano passado, como Eduardo Braide (PMN) e Wellington do Curso (PP) tendem a adotar postura mais crítica em relação ao governo, juntando-se aos já declaradamente oposicionistas Andrea Murad (PMDB), Adriano Sarney (PV), Sousa Neto (Pros) e Edilázio Júnior (PV).

Wellington, por exemplo, declara: “Em 2017 estarei mais atuante, vigilante, fiscalizador em defesa dos interesses do povo do Maranhão”. Em seguida, completa; “Vamos pra cima”.

Max Barros (PRP) manterá a postura de independência, votando com o governo em algumas matérias, mas sentindo-se livres para a crítica quando necessária. Ele deve liderar um bloco formado por cinco parlamentares. César Pires (PEN) diz que pretende uma conversa com o próprio Flávio Dino, a partir da qual definirá seu posicionamento na Casa, levando m consideração, também, a próxima eleição.

Alexandre Almeida (PSD) não titubeia na resposta: “independente”. É esta a postura que ele pretende adotar a partir de agora.

A estes, deve se juntar - à medida que o ano eleitoral for se aproximando e o debate pela sucessão de Dino se intensificar – a deputada Graça Paz (PSL), cuja aproximação com o senador Roberto Rocha (PSB) se dá a partir do marido, Clodomir Paz.

No total, portanto, o governador comunista poderá ter ao menos 10 deputados que não rezam religiosamente em sua cartilha. Bancada que pode chegar a 11 ou 12, dependendo do posicionamento de parlamentares como Roberto Costa (PMDB) e Hemetério Weba (PV).

A bancada fixa, fechada e “religiosa” na defesa dos interesses do Palácio dos Leões será formada por uma massa de 28 deputados, que pode aumentar de acordo com o momento político e os interesses em jogo nas votações. São 2/3 de parlamentares fiéis e centralizados, suficiente para aprovar qualquer coisa na Assembleia.

Mas a repercussão destas questões ganhará mais força com uma oposição cada vez mais qualificada e estridente.

Cinco blocos devem disputar espaço no plenário

Bancada governista se concentrará em um colegiado com 24 parlamentares, mas outros estarão espalhados por bancadas independentes e oposicionistas

A princípio, a bancada do governo Flávio Dino na Assembleia Legislativa ainda parece grande, com 24 deputados concentrados no chamado Blocão, a ser liderado pelo pedetista Rafael Leitoa. Mas o comunista terá que negociar diretamente com um grupo de 18 deputados, espalhados em outros quatro blocos, independentes ou declaradamente independentes.

A oposição propriamente dita será dividida em dois blocos. O primeiro com os deputados do PV – Adriano Sarney, Rigo Teles e Hemetério Weba, que terão a liderança de Edilázio júnior. A outra parte da oposição se concentrará no bloco PMDB/Pros – com Roberto Costa, (PMDB), Sousa Neto (Pros) e Nina Melo - liderado pela deputada Andrea Murad (PMDB).

A grande novidade em 2017 será a criação de dois blocos chamados independentes, mas com forte víeis de crítica ao governo. O primeiro, a ser liderado por Max Barros (PRP), reúne os deputados Alexandre Almeida (PSD), Graça Paz (PSL), Wellington do Curso (PP) e Eduardo Braide (PMN).

O outro bloco independente – este com viés mais governista, embora também com postura crítica – terá Josimar de Maranhãozinho (PR), Vinícius Louro (), Carlinhos Florêncio () e Sérgio Frota (PSDB).

Para Braide, embora haja no blocos deputados ideologicamente vinculados ao governo, o fato de as lideranças serem mais independentes ajudará no equilíbrio do debate na Assembleia. “Regimentalmente, os membros de blocos seguem as decisões da liderança. Isso será importante, sobretudo, na votação de matérias ou na formação de comissões”, disse o parlamentar.

Será, portanto, um ano pré-eleitoral de fortes embates políticos na Assembleia Legislativa.

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