Tragédia

Chuvas torrenciais deixam 20 mortos e 38 mil afetados no Peru

21 regiões do país já foram afetadas e chuvas devem continuar até abril. ''Definitivamente não estávamos preparados'', afirma primeiro-ministro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Estragos causados pelas fortes chuvas no Peru
Estragos causados pelas fortes chuvas no Peru (Peru)

LIMA - Chuvas torrenciais provocaram a morte de 20 pessoas e afetaram outras 38.379 em 21 regiões do Peru neste ano, informou ontem o Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci).

"Definitivamente não estávamos preparados, como país, para este tipo de coisas, estamos mobilizando o máximo de esforços e por isso o trabalho das forças armadas tem sido importante na ajuda aos danificados", disse à imprensa o primeiro-ministro, Fernando Zavala.

Na segunda-feira, o rio Huaycoloro, em Lima, transbordou, destruindo uma ponte e afetando San Juan de Lurigancho, o distrito mais populoso do país, onde inundou casas e avenidas. A água chegou a rodear o centro da capital, e as estações de tratamento de água ficaram paralisadas temporariamente.

Na região de Arequipa (1.000 km ao sul de Lima), sete pessoas morreram soterradas por avalanches de lama e pedras, segundo o Indeci. As avalanches destruíram centenas de casas e estradas, e provocaram o desabastecimento de água a 600 mil moradores.

O presidente, Pedro Pablo Kuczynski, anunciou na segunda-feira que entregará cinco bilhões de sóis (US$ 1,5 bilhão) aos governos regionais para a reconstrução de infraestruturas e estradas danificadas.

Na quarta-feira, 13 distritos da região Ica (sul) foram declarados em estado de emergência por 60 dias, depois de que as inundações deixaram 13.904 pessoas afetadas e centenas de casas inabitáveis.

Na região de Lima, 1.964 pessoas foram afetadas por enxurradas de lama nos distritos de Chosica, Santa Eulalia e Chaclacayo, enquanto em Huánuco (centro) 2.325 pessoas foram prejudicadas, e em Loreto (nordeste), 2.981.

O Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Senamhi) alertou que as chuvas continuarão até abril, principalmente nas regiões da serra, da selva central e do sul do país.

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