Reconhecimento

90 anos de Tribuzi são marcados por homenagem

Atividade ocorreu no fim da tarde de ontem com apresentações culturais e exposição lembrando a história de vida do poeta e jornalista

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Exposição sobre a vida de Tribuzi no memorial que leva o seu nome
Exposição sobre a vida de Tribuzi no memorial que leva o seu nome ( Exposição sobre a vida de Tribuzi no memorial que leva o seu nome)

SÃO LUÍS - Os 90 anos de Bandeira Tribuzi – que, se estivesse vivo, estaria comemorando esta idade ontem – foram lembrados em homenagem realizada ao lado do memorial que leva o seu nome, na área do Espigão Costeiro, em São Luís. A atividade foi marcada por apresentações culturais e exposição que mencionaram parte da história de vida do poeta e jornalista ludovicense.

A primeira atração foi o grupo Circo Tá na Rua, que fez uma exibição especial ao público. Depois foi a vez do grupo Maratuque Upaon-Açu e da escola Marambaia do Samba que cantou o samba-enredo da agremiação que, no ano passado, homenageou Bandeira Tribuzi. Por fim, houve recitação de poesias do artista, além de rodas de conversa com nomes da literatura maranhense e admiradores.

O evento foi organizado pela neta de Tribuzi, Gabi Campos. Ela destacou a importância da ação para a memória do poeta. “Com este tipo de atividade, o público tem a condição verdadeira de saber a importância de Bandeira Tribuzi para a história desta cidade e do estado. Ele [Bandeira] foi um grande administrador, um grande poeta e um homem de família que todos precisam conhecer”, disse.

Um dos cinco filhos de Bandeira Tribuzi, Francisco Tribuzi, lembrou as características mais marcantes do pai. Ele citou o trabalho de Tribuzi como administrador e sua participação em gestões públicas. “Meu pai foi um grande gestor e participou de administrações, como as de José Sarney e Pedro Neiva de Santana”, afirmou.

Nomes da literatura maranhense expuseram as qualidades de Bandeira Tribuzi. “Foi um grande poeta. Seus textos são referência para quem ama as palavras”, enfatizou a escritora Arlete Nogueira.

Obras

Um documentário está sendo elaborado em alusão à Bandeira Tribuzi pelo poeta Celso Borges, que viveu por 20 anos em São Paulo e retornou à São Luís em 2009. Outra produção é um DVD com poemas de Bandeira em forma de música, com as participações de Zeca Baleiro e César Teixeira.

Sobre Tribuzi

Bandeira Tribuzi – pseudônimo de José Tribuzi Pinheiro Gomes – nasceu em São Luís no dia 2 de fevereiro de 1927 e foi considerado, além de um grande poeta, novelista, romancista, dramaturgo e compositor (destaque para a música Louvação a São Luís, considerado o hino oficial da cidade). Com cinco anos de idade, se mudou para Portugal com os pais e contrariou a vontade deles (que queriam que Tribuzi fosse um padre franciscano). Mesmo sem vocação, permaneceu na formação religiosa. Em Coimbra, dedicou-se às ciências econômicas e sociais.

Retornou à capital maranhense quase 20 anos depois e casou-se, em 1949, com dona Maria dos Santos Pinheiro Gomes. Além da vocação literária, trabalhou como jornalista em diversos órgãos de imprensa. Tribuzi e José Sarney são os fundadores do jornal O Estado do Maranhão

Em maio de 1977, foi agraciado com homenagem por seus serviços prestados à cultura literária. Na ocasião, participaram figuras ilustres, como: Ferreira Gullar, Odylo Costa, filho, José Montello e José Sarney.

Bandeira Tribuzi morreu no dia 8 de setembro de 1977, por coincidência, no dia do aniversário de sua cidade querida. Para Josué Montelo – com trecho extraído da obra “O legado de Bandeira Tribuzi” – “ [...] sua obra é uma convergência de problemas e sentimentos universais, a que o poeta empresta a beleza do seu canto”.

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