Ameaça

Irã confirma novo teste de míssil e diz que não viola acordo nuclear

É o primeiro teste do país desde a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que durante campanha disse que iria deter programa de mísseis

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, nem confirmou nem negou o relato norte-americano, mas disse na terça-feira que Teerã jamais usaria seus mísseis balísticos para atacar outro país.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, nem confirmou nem negou o relato norte-americano, mas disse na terça-feira que Teerã jamais usaria seus mísseis balísticos para atacar outro país. (Irã)

TEERÃ - O Ministério da Defesa do Irã informou ontem que o país testou um novo míssil, mas acrescentou que o lançamento não violou o acordo firmado com potências mundiais sobre o programa nuclear iraniano nem uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em apoio ao pacto.

A República Islâmica testou vários mísseis balísticos desde o acordo de 2015, mas este é o primeiro desde a posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante sua campanha, Trump disse que iria deter o programa de mísseis iraniano.

"O teste recente estava alinhado aos nossos planos, e não iremos permitir que estrangeiros interfiram em nossos assuntos de defesa", disse o ministro da Defesa, Hossein Dehghan, segundo a agência de notícias Tasnim. "O teste não violou o acordo nuclear da Resolução 2231 (da ONU)", afirmou.

O teste

Na segunda-feira, 30 de janeiro, uma autoridade dos EUA disse que o Irã fez um teste de lançamento de um míssil balístico de médio alcance que explodiu depois de percorrer 1.010 quilômetros no domingo.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, nem confirmou nem negou o relato norte-americano, mas disse na terça-feira que Teerã jamais usaria seus mísseis balísticos para atacar outro país.

Enquanto isso, 220 parlamentares da nação expressaram apoio a seu programa de mísseis, classificando a rejeição internacional dos testes de "ilógica".

"A República Islâmica do Irã é contra armas de destruição em massa, por isso seu desenvolvimento de mísseis é o único dissuasor disponível contra a hostilidade inimiga", afirmaram os parlamentares em um comunicado divulgado pela mídia estatal nesta quarta-feira.

A resolução do Conselho de Segurança da ONU, adotada no acordo para conter as atividades nucleares iranianas, "conclamou" o Irã a refrear o desenvolvimento de mísseis balísticos "concebidos para" levar armas nucleares. Críticos dizem que a linguagem não faz disso algo obrigatório.

Teerã diz que não trabalhou em mísseis projetados especificamente para comportar tal carga.

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