RIO DE JANEIRO - A defesa do empresário Eike Batista – preso ontem pela Polícia Federal após retornar ao Brasil - enviou documento à 7ª Vara Federal Criminal do Rio no último dia 27 em que pede para a prisão preventiva do cliente ser convertida em domiciliar. Na ocasião, Eike ainda estava nos Estados Unidos e era considerado foragido.
O advogado Fernando Martins pede que, caso essa solicitação não seja acolhida, o cliente fique preso na Superintendência da Polícia Federal no Rio ou em "localidade com semelhante segurança". Martins, que assina a petição, alega risco de vida do empresário.
"É notório que o requerente é empresário, com notória visibilidade no país, de forma que seu encarceramento deste modo, em estabelecimento penal em conjunto com diversas pessoas com conhecimento de sua então vida social e financeira, coloca sua integridade física em risco e torna iminente a ameaça à sua vida", afirma o advogado no documento.
Na petição, Martins faz inúmeras críticas ao sistema carcerário no país. Eike foi preso nesta segunda-feira ao retornar ao Brasil. Ele teve a cabeça raspada e foi transferido para Bangu 9, já que não tem ensino superior.
"É público e notório que o sistema carcerário no Brasil está falido. As recentes notícias no tema em comento provam que as penitenciárias se transformaram em verdadeiras "usinas de revolta humana", uma bomba-relógio que o judiciário brasileiro criou no passado a partir de uma legislação que hoje não pode mais ser vista como modelo primordial para a carceragem no país".
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