Médicos

CRM denuncia falta de pagamento a médicos do interior

De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Maranhão, mais de 300 profissionais estão sem receber salários

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Abdon Murad denuncia também a falta de condições de trabalho
Abdon Murad denuncia também a falta de condições de trabalho (Abdon Murad denuncia também a falta de condições de trabalho)

SÃO LUÍS - Os médicos lotados para trabalhar na rede pública não poderão suceder outros profissionais que não foram pagos após prestarem serviços em municípios do estado. A determinação foi feita – por meio de Resolução nº 001/2017 – do Conselho Regional de Medicina do Maranhão (CRM), que se baseou em princípios do Código de Ética Médica.

Ainda segundo o CRM, a determinação se baseia ainda em levantamento feito pela entidade. De acordo com a pesquisa, mais de 300 médicos lotados em 60 municípios distintos do interior do Maranhão estão com atrasos nos salários. “Além disso, há a falta de condições de trabalho, um dos problemas para os profissionais que atuam no Maranhão”, disse o presidente do CRM, Abdon Murad.

Segundo o dirigente, alguns médicos estão com salários atrasados há mais de um ano. Ele não quis revelar em quais municípios há o problema, no entanto, garantiu que a São Luís não está nesta lista. “São cidades que tiveram, em sua maioria, mudanças na gestão após o último pleito. E os atuais gestores alegam que encontraram as prefeituras em situação crítica. Ou seja, sobra para os médicos, que ficam sem receber salários”, explicou Abdon Murad.

Pendências

O departamento jurídico do CRM está finalizando uma análise dos casos dos médicos que estão com pendências financeiras. “Cada caso terá uma ação judicial individual. Nossos advogados analisam qual a melhor saída jurídica para que os profissionais não sejam prejudicados”, frisou Murad.

Conforme determinação do CRM,“nenhum médico deve assumir emprego, cargo ou função de um profissional que se afastou do trabalho por não concordar com manobras antiéticas. Segundo o presidente, a medida defende os movimentos legítimos de reivindicação da categoria, que prevê ainda a cobrança por melhores condições de trabalho nos hospitais e postos de saúde e remuneração mais justa aos médicos.

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