Editorial

Por onde anda o prefeito?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41

Edivaldo de Holanda Braga Júnior, prefeito de São Luís, foi eleito pela primeira vez em 2012, pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC) e reeleito em 2016, já nas hostes do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em comum, nos dois pleitos, ele se elegeu no segundo turno.
E foi justamente nas campanhas eleitorais de 2012 e de 2016 o período em que mais Edivaldo Holanda Junior apareceu para a população de São Luís. Bem diferente dos quatro primeiros anos de mandato, quando o prefeito quase manteve-se sumido, exatamente o que tem acontecido agora neste início de segundo mandato.
Talvez, a população conheça bem mais o subprefeito do Centro Histórico, Fábio Henrique Carvalho (verdade que agora também anda sumido) ou mesmo o prefeito do Campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Guilherme Frederico Souza de Abreu.
A cidade passa por grandes problemas infraestruturais, especialmente na periferia, mercados e feiras se encontram em situação precária, o sistema de saúde pública é deficiente, a educação requer mais investimentos. E onde está o prefeito? O cidadão ludovicense não sente a presença do prefeito. Não somente em trabalhar e dar as soluções que se espera de um gestor público, mas também fisicamente, ou seja, dele visitar os bairros, as comunidades, de mostrar a cara.
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior prefere ficar enclausurado, encastelado no Palácio La Ravardière, fechado em gabinete. A sensação que passa para a população é que tem medo de se expor, de ser cobrado pelo que prometeu e não fez ou não pode fazer.
E esse período de início de ano, a cidade se sente ainda mais órfã do poder público, pois a Câmara Municipal se encontra em recesso, então não há a quem recorrer.
O próprio secretariado de Edivaldo Holanda Júnior, que na primeira gestão era formado por profissionais de perfil técnico e que gerou uma expectativa de novas práticas de gestão, de inovação e de resultados, se apagou na sombra de um prefeito ausente, que aparentemente parece não mostrar disposição em comandar a máquina municipal.
Não que aparecer o todo tempo na mídia signifique que determinado gestor público esteja trabalhando a contento. Lógico que não. Mas, se parecer sumido, como é o caso do prefeito de São Luís, a impressão que passa é de que a cidade está sem comando e que o povo só teve uma utilidade: a de dar o seu voto, na esperança de dias melhores, mas o político lhe deu as costas.
Ainda há tempo para que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior mude esse conceito ruim em relação à sua forma de administrar a cidade. O momento é agora, início de segundo mandato, de se fazer mais presente nos bairros, nas comunidades, e também nas próprias solenidades de sua administração, pois geralmente nem isso faz, participar dos seus eventos.
Essa falta de importância aos atos da própria administração municipal tem sido desgastante para a equipe de governo em ter que justificar o tempo todo a ausência do prefeito. Foi assim na décima edição da Feira do Livro de São Luís e em outros eventos.
Será que a população vai passar mais quatro anos se perguntando: Por onde anda o prefeito de São Luís? Espera-se que não.

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