Paralisação

Empresários pagam salários e rodoviários recuam em greve

Empresas que ainda deviam o pagamento de funcionários fizeram o depósito nas contas nas primeiras horas da manhã de ontem, garantindo o funcionamento do transporte público em São Luís

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41

SÃO LUÍS - A paralisação dos motoristas, cobradores e fiscais do transporte coletivo de São Luís, que estava planejada para ontem durou apenas algumas horas, e em poucas empresas. Isso porque os empresários realizaram os pagamentos dos funcionários que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário do Estado Maranhão (Sttrema), estava em atraso e seria o principal motivo da greve.

Segundo o presidente do Sttrema, Isaías Castelo Branco, até domingo apenas as empresas Primor, Maranhense, Pelé e Pericumã haviam realizado o pagamento ontem até as primeiras horas da manhã. O restante das empresas também teria depositado o dinheiro na conta dos funcionários, com exceção da empresa São Benedito, que programou o pagamento para o início da tarde. Durante o movimento, segundo Isaías, o proprietário da São Benedito chegou a ameaçar os funcionários com demissão, caso não retornassem às suas funções. “Faremos a denúncia sobre essa empresa e seguiremos na fiscalização. Se as empresas não cumprirem o acordo, voltaremos à paralisação”, afirmou.

Estado de greve
Ainda assim, os rodoviários de São Luís seguem em estado de greve, por causa de alguns pontos da convenção coletiva que estariam sido desrespeitados. Entre esses pontos está a infraestrutura precária da maioria dos pontos finais, que precisam de reformas urgentes.

Outros pontos da convenção que estão em discussão já foram acordados em reuniões realizadas anteriormente entre sindicato dos empregados e empresários. Entre eles estão o pagamento das rescisões de fiscais demitidos e em conta bancária e a questão das jornadas duplas de trabalho.

De acordo com Isaías, ficou estabelecido que serão realizadas fiscalizações nos pontos finais dos ônibus, para a verificação dessas irregularidades, e a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) ficará encarregada de bloquear os carros cujos condutores estiverem nessa situação. A partir daí, um relatório será emitido ao Ministério Público do Trabalho.

Reunião
Ontem, a superintendente do Trabalho no Maranhão, Léa Cristina da Costa Silva, disse que uma nova reunião entre o sindicato dos rodoviários, empresários e o poder público, com intermediação da superintendência, deve ocorrer hoje para tratar de propostas para a solução do problema.

No fim de semana, a Prefeitura de São Luís, por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), obteve na Justiça decisão favorável à população com relação à greve dos trabalhadores rodoviários, que estava programada para ontem.

O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), desembargador James Magno Araújo Farias, determinou a circulação de 60% da frota de ônibus de transporte coletivo do Município de São Luís, no caso da paralisação.

SAIBA MAIS

O transporte coletivo em São Luís é operado por três consórcios, que reúnem no total 22 empresas. As companhias de transporte empregam 7 mil trabalhadores na capital do estado.

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