Saúde

Gordura abdominal: o perigo da barriguinha saliente

Preocupação vai além da estética e passa a ser questão de saúde; pesquisa mostra que 37,7% dos brasileiros têm cintura aumentada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Além da estética, barriguinha saliente esconde riscos para diversas morbidades
Além da estética, barriguinha saliente esconde riscos para diversas morbidades (barriga)

RECIFE - No começo, muitos não se preocupam, até que, com o tempo, ela vai ganhando espaço e se instalando. Acertou quem pensou na gordurinha localizada bem no abdômen. Se você se identificou com essa realidade, saiba que não está sozinho. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 37,7% dos brasileiros têm cintura aumentada.

Além da preocupação com a estética, essa barriguinha saliente esconde riscos para diversas morbidades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu até onde a circunferência abdominal pode chegar sem causar riscos de doenças. Para homens, o tamanho indicado foi de até 102 cm, já para as mulheres, 88 cm.

De acordo com Bruno Simões, professor de Educação Física da Uninassau, o excesso de gordura abdominal, sobretudo a obesidade, está associado a complicações cardiovasculares que podem levar à hipertensão arterial, derrames, diabetes tipo 2, dislipidemia (aumentos das taxas de triglicerídeos e do colesterol ruim - LDL), diminuição da taxa de HDL (colesterol bom) e câncer.

O que pode ser feito para evitar tudo isso? Bruno Simões explica. “De forma simples e direta: é indispensável se manter ativo e, para isso, há uma gama enorme de possibilidades de exercícios físicos para escolher. Pode-se optar pela natação, tênis, corrida, musculação, crossfit, treinamento funcional e muitos outros. O importante é que se pratique qualquer exercício físico três vezes por semana, pelo menos, com duração média de 30 a 40 minutos, isso já é suficiente”. O professor lembra, ainda, que é de fundamental importância consultar um profissional de educação física para orientação de um processo seguro e eficaz.

Treino, alimentação e descanso

Não existe um exercício específico para eliminar a gordura localizada no abdômen. Para o professor Bruno, o que vale mesmo é a prática regular de atividades físicas para reduzir o percentual de gordura e aumentar a massa magra. Mas que ninguém se engane: este é um processo demorado para alguns e requer muita paciência e foco.

Ainda segundo o professor, existem outros dois fatores que são tão importantes quanto o exercício físico: ter uma alimentação equilibrada e o descanso adequado. Muitos acreditam que, ao realizar um treino, pode-se comer o que quiser, sem impor limites.

Mas esse é um pensamento equivocado, a alimentação correta é tão importante quanto a realização de exercícios. Além disso, nada como uma boa noite de sono, pois é durante o sono que as principais células do corpo se regeneram. Bruno lembra que gordura é nada menos do que fonte de energia e, através do repouso, ela é metabolizada, ou seja, eliminada.

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