Saúde

Barra do Corda e região enfrentam o Aedes com ações preventivas

O trabalho está sendo desenvolvido conjuntamente entre agentes de saúde e de endemias e o objetivo é vistoriar, nesta semana, 19.287 imóveis, e, assim, impedir situações favoráveis ao criadouro do mosquito

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
O carro-fumacê é uma das estratégias de combate ao Aedes aegypti, agente transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus
O carro-fumacê é uma das estratégias de combate ao Aedes aegypti, agente transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus (O carro)

Barra do Corda - O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) começou a ser executado em Barra do Corda. A meta é monitorar os bairros com maior risco de incidência do mosquito, agente transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus.

O trabalho está sendo desenvolvido conjuntamente entre agentes de saúde e de endemias e o objetivo é vistoriar, nesta semana, 19.287 imóveis, e, assim, impedir situações favoráveis ao criadouro do mosquito.

No ano passado, segundo boletim epidemiológico, a Regional de Saúde de Barra do Corda apresentou 6.801 notificações para casos de dengue, 160 para febre chikungunya e 160 para zika vírus. Este ano, a regional notificou 21 casos de dengue. O registro está concentrado na cidade de Barra do Corda.

O trabalho preventivo é executado pela Prefeitura de Barra do Corda em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). O secretário adjunto de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Marcelo Rosa, acredita no caráter preventivo desta ação.

“Estamos executando ações que antecipam o período de chuva e a época de alto índice de infecção de doenças. O objetivo é prevenir situação semelhante a que ocorreu nos dois últimos anos, quando houve um alto índice de casos, inclusive de óbitos. Barra do Corda é um dos municípios prioritários no Maranhão. Existe um plano de contingência sendo executado de maneira permanente nesta cidade”, explicou o gestor.

Trabalho

O plano de enfrentamento envolve 57 agentes de endemias do estado e município atuando em campo. A primeira fase inclui visitas domiciliares, levantamento do LIRAa e busca ativa de pacientes com suspeitas de dengue, chikungunya e zika.

A ação conta, também, com coleta de material biológico para realização de sorologia para dengue e chikungunya em pacientes sintomáticos. A nebulização espacial com veículos UBV (carro fumacê), que elimina o mosquito adulto, ocorre com base nos dados a serem apresentados pelo LIRAa.

No último levantamento, realizado em outubro e novembro de 2016, Barra do Corda registrou índice de 4,7%, indicativo que aponta alto risco de surto do Aedes aegypti na cidade. Para secretária de Saúde de Barra do Corda, Heloísa Mota, o acondicionamento inadequado dos reservatórios domiciliares de água favorece a proliferação do mosquito.

“Entendemos que a intermitência no abastecimento de água em nossa cidade favorece a necessidade de depósitos para acúmulo do resíduo, mas o modo errado de acondicionamento da água aumenta ainda mais este índice”, enfatizou a secretária.

Inadequações

No campo, os agentes de endemias confirmaram o cenário de armazenamento inadequado de reservatórios de água. Pneus, cisterna e caixa d’água sem tampa favoreceram a proliferarão do mosquito na casa de Geremias Silva, 21 anos, estudante de Direito.

Durante a visita, os agentes eliminaram larvas do mosquito, aplicaram larvicida na cisterna e orientação sobre o armazenamento correto de material reciclável e depósitos de água.

“Eu e os meus pais nunca ficamos doentes por algo provocado pelo mosquito, talvez nos faltou um pouco de sensibilidade ao risco que corríamos, mas agora eu sei como devo agir”, disse o estudante.

Além das ações de campo, mais de 200 profissionais da área de vigilância epidemiológica, saúde e agentes comunitários dos municípios de Arame, Fernando Falcão, Grajaú, Itaipava do Grajaú, Jenipapo dos Vieira e Barra do Corda, sede da Unidade Regional de Saúde, participam de capacitações e treinamentos para detecção e tratamento de pacientes acometidos por doenças provocadas pelos Aedes.

Enfermidades

A dengue, o zika vírus e a febre chikungunya são três doenças que circulam no Brasil transmitidas pelo mesmo vetor: o Aedes aegypti. Todas elas têm as mesmas características sintomáticas: febre alta, dor no fundo dos olhos, vermelhidão na pele, coceira e distúrbios gástricos.

Após os primeiros sintomas o paciente deve buscar uma unidade de saúde para orientações. A automedicação pode ser perigosa, principalmente em casos de dengue. Medicamentos compostos por ácido acetilsalicílico podem agravar a doença. Não se faz uso de ácido acetilsalicílico no caso dessas doenças.

Esse medicamento, amplamente usado pelos brasileiros, pode trazer problemas de disfunção circulatória e levar a quadros hemorrágicos. Quando diagnosticadas e tratadas ainda no início, as doenças têm bom prognóstico.

Prevenção de todos é extremamente importante
A melhor forma de prevenir estas doenças é a eliminação do vetor. Como não existem vacinas ou medicamentos que impeçam a contaminação, é necessário diminuir a quantidade de mosquitos que circulam nos ambientes.

Cuidados

É fundamental eliminar os criadouros do Aedes aegypti, que coloca seus ovos em recipientes com água parada. O cuidado para evitar a sua proliferação deve ser feito por todos.

Eliminar garrafas, sacos plásticos e pneus velhos que ficam expostos à chuva, além de tampar recipientes que acumulam água como caixas d´água e piscina, são fundamentais para este controle.

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