Transporte

Rodoviários dão prazo de 72 horas para iniciar greve em São Luís

Sindicato pede cumprimento dos acordos por parte da classe empresarial, como, por exemplo o remanejamento dos trabalhadores das empresas que ficaram de fora do processo de licitação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
(ônibus )

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (Sttrema) deve notificar hoje diversos órgãos anunciando que em 72 horas podem paralisar o sistema de transporte de São Luís. Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus que atuam na capital maranhense ainda não receberam um retorno da classe empresarial com relação às suas reivindicações.

De acordo com Isaías Castelo Branco, presidente do Sttrema, a comunicação de greve será feita para o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a população usuária do sistema de transporte.

Segundo o líder sindical, os empresários deveriam apresentar até às 18h de ontem uma contraproposta para as reivindicações dos rodoviários, mas isso não aconteceu. Caso nos próximos dias haja esse posicionamento dos empresários, a proposta será analisada pelos trabalhadores, que deliberarão sobre a realização ao não de greve.

Reivindicações

“Nós reivindicamos o cumprimento das cláusulas da convenção coletiva de 2016 e um acordo feito em novembro do ano passado entre a SMTT, Ministério Público e os empresários”, disse Isaías Castelo Branco. A categoria faz diversas reivindicações aos empresários, entre as quais, o remanejamento dos trabalhadores das empresas que deixaram o transporte público de São Luís para aquelas que venceram a licitação; e a regularização do pagamento dos salários, que tem ocorrido com atrasos.

De acordo com o Sttrema, algumas empresas ou consórcios que atuam no transporte público de São Luís ainda não fizeram o pagamento do 13º salário dos funcionários. O sindicato denuncia ainda as condições de trabalho e a falta de estrutura dos pontos finais das linhas de ônibus.

Outros itens que integram a Convenção Coletiva de Trabalho e que ainda não foram implementados também serão cobrados pelos trabalhadores aos empresários, como atraso de salário e o não repasse do tíquete alimentação; pagamento dos trabalhadores por meio de contas em bancos, além do descanso estabelecido na convenção, que o rodoviário tem direito entre uma viagem e outra.

De acordo com o SET, os consórcios que hoje atuam no sistema de transporte da capital devem negociar com os rodoviários para evitar uma possível paralisação no sistema. Já a Prefeitura de São Luís ainda não se posicionou sobre a situação.

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