Caso Funac

Moradores da Aurora fazem novo protesto contra unidade da Funac

Com o auxílio de um carro de som, os moradores seguiram para a Forquilha em passeata. Eles alegam que a presença da unidade no local trará mais insegurança

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41

SÃO LUÍS - Moradores da Aurora, em São Luís, realizaram na tarde de ontem um novo protesto contra a instalação da unidade da Fundação da Criança e Adolescente (Funac) na comunidade. Eles alegam que a presença da Funac trará mais insegurança para o bairro.

A intenção dos moradores era seguir para o Centro da cidade e protestar em frente ao Palácio dos Leões - sede do executivo estadual. No entanto, eles mudaram o itinerário e decidiram fazer um ato na região da Forquilha.

Um carro de som foi utilizado pelos manifestantes. Vestidos com camisas prestas e segurando faixas e cartazes, os moradores expuseram para a sociedade os motivos pelos quais não querem a unidade da Funac na região.

“O bairro da Aurora já sofre demais com a falta de segurança. Não precisamos da unidade da Funac aqui”, disse Fernanda Mota, uma das moradoras. Ainda na tarde de ontem estava prevista uma nova reunião entre os moradores e o titular da Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Francisco Gonçalves, para que ambas as partes chegassem a um consenso da situação.

Transferência

No dia 4 deste mês, sete adolescentes foram transferidos para a unidade da Funac na Aurora. A ação aconteceu sob protestos dos moradores que não querem om funcionamento da unidade. Nos dias seguintes, diversos protestos foram realizados. Atualmente a rua Frei Hermenegildo, que passa em frente ao prédio, foi bloqueada pela comunidade, impedindo o fluxo de veículos pela via. Os moradores também colocaram faixas pretas nas portas das casas com mensagens de repúdio.

O juiz José dos Santos Costa, titular da 2ª Vara da Infância e Juventude de São Luís, após vistoriar a unidade na quarta-feira, 11, fez uma série de recomendações com relação à unidade na Aurora. Ele recomenda, por exemplo, a permanência de uma viatura da Polícia Militar 24h no bairro, assim como efetivo policial e equipe de servidores; e a realização de vistoria do Corpo de Bombeiros em um prazo de 30 dias, além da conclusão das reformas na unidade.

O magistrado também solicitou que seja providenciado junto ao Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente a autorização do funcionamento provisório da unidade; um diálogo permanente com os moradores do bairro da Aurora; e que não sejam realizadas novas transferências de jovens infratores até o cumprimento de todas as outras recomendações.

Na sexta-feira, 13, os moradores do bairro estiveram reunidos com Francisco Gonçalves com um objetivo de se chegar a um acordo no que diz respeito ao funcionamento da unidade da Funac. Porém, ambas as partes não chegaram a um consenso e o impasse continuou.

Assista o vídeo:

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