PEQUIM - A China vai “tirar as luvas” e tomar ações efusivas caso o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, continue a provocar Pequim sobre Taiwan quando assumir o cargo, disseram dois jornais estatais chineses ontem.
Em uma entrevista com o Wall Street Journal publicada na sexta-feira, Trump disse que a política de “uma China” estava aberta para negociações. O ministério de Relações Exteriores chinês, em resposta, disse que essa política era a fundação do relacionamento entre China e EUA, e que não é negociável.
Trump rompeu décadas de precedentes no mês passado ao aceitar um telefonema da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, parabenizando-o pela vitória nas eleições presidenciais norte-americanas. A conversa irritou Pequim, que considera Taiwan parte da China.
“Se Trump estiver determinado a usar esta jogada quando tomar posse, um período de interações ferrenhas e nocivas será inevitável, à medida que Pequim não terá escolha a não ser tirar suas luvas”, disse o jornal China Daily, publicado em inglês.
O Global Times, um influente tabloide estatal, ecoou o China Daily, dizendo que Pequim tomaria “duras contramedidas” contra a tentativa de Trump de “danificar” o príncípio de “China unificada”.
Segundo o jornal, a China continental será levada a acelerar a reunificação com Taiwan e combater sem clemência aqueles que defendem a independência da ilha.
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