Indicado de Trump para Pentágono diz que Putin quer quebrar a Otan
James Mattis considerou que será preciso ''enfrentar a Rússia em alguns assuntos''; que os EUA devem tomar os passos "necessários", tanto de dissuasão militar como diplomáticos ou econômicos, para se "defenderem" da atitude do presidente da Rússia
Washington - O indicado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para dirigir o Pentágono, o general reformado James Mattis, afirmou ontem que "é preciso reconhecer a realidade que [o presidente russo, Vladimir] Putin quis quebrar a Otan".
Na sabatina à qual foi submetido no Senado, Mattis declarou que os EUA devem tomar os passos "necessários", tanto de dissuasão militar como diplomáticos ou econômicos, para se "defenderem" da atitude de Putin, mas não se posicionou sobre se as sanções iniciadas pelo presidente Barack Obama devem continuar.
Mattis considerou que será preciso "enfrentar a Rússia em alguns assuntos" e afirmou que a ordem mundial estabelecida pelos EUA "está perante os maiores ataques desde a Segunda Guerra Mundial" por parte de Rússia e China.
O general reformado, apelidado de "Cachorro Louco", disse que a Otan é "a aliança militar mais bem-sucedida da história" e deve se potencializar com missões como as de reforço da presença militar nos membros do mar Báltico perante a provocação e a ingerência russa na Ucrânia.
Mattis respondeu afirmativamente à pergunta do presidente do Comitê das Forças Armadas do Senado, John McCain, sobre a necessidade de uma presença permanente nas repúblicas bálticas como dissuasão frente à Rússia.
A posição em relação à Rússia é de especial interesse para os senadores, devido a Trump ter demonstrado admiração por Putin e criticado membros da Otan por não fornecerem fundos suficientes à aliança.
O general, com mais de 40 anos de experiência militar, considerou que as Forças Armadas americanas não têm a força necessária para resolver os desafios de segurança global, frente às propostas de cortes de tropas e despesa em Defesa do governo de Obama.
Isenção
Mattis trabalhou como chefe do Comando Central durante os primeiros anos do mandato de Obama até deixar a carreira militar em 2013. Agora, foi indicado por Trump para liderar o Pentágono, mas precisará de uma isenção à lei que proíbe que um militar que tenha se afastado há menos de 7 anos assuma a liderança da Defesa.
O presidente do Comitê das Forças Armadas do Senado defendeu nesta quinta que seja concedida uma isenção à lei. O senador John McCain, encarregado de analisar a indicação de Mattis como secretário de Defesa, se mostrou favorável à ideia de ter o general reformado como novo chefe do Pentágono.
McCain disse que "não há pessoa mais necessária no momento atual", embora a confirmação ao ex-integrante da Marinha possa se complicar no Senado apesar da maioria republicana.
Ao ser necessária uma limitação legal aos militares para confirmar Mattis, os democratas podem forçar a necessidade de 60 votos a seu favor em vez de uma maioria simples.
Saiba Mais
- Superfungo identificado pela 1ª vez no Brasil mata 39% dos contaminados
- Vírus Zika está de volta, alerta Ministério da Saúde
- Anticristo usará internet para controlar humanidade, diz líder religioso russo
- Brasil tem 5 mortes por sarampo, diz Ministério da Saúde
- Metas para eliminação da Aids até 2030 podem não ser cumpridas
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.