Justiça

Defensores públicos anunciam mutirão para rever processos de presos

Informação foi dada por presidente de entidade após reunião ontem, em Brasília, com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Defensores públicos reunidos com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em Brasília
Defensores públicos reunidos com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em Brasília ( Defensores públicos reunidos com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em Brasília)

Brasília - O presidente do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege), Ricardo Batista, informou ontem que haverá um mutirão para rever os processos de presos pelo pais, especialmente no estado de Amazonas.

A informação foi dada por Batista após uma reunião entre defensores públicos da União e de estados com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para a possibilidade de instituir medidas alternativas para crimes de menor gravidade.

O objetivo do mutirão, informou o presidente do Condege, é identificar presos que não representam grande perigo à sociedade e promover a progressão de pena nesses casos.

Segundo Ricardo Batista, mais da metade da população carcerária no país está presa provisoriamente. "Nós estamos nos oferecendo para montar um conjunto de defensores de todo país e irmos até Manaus e colaborarmos na análise desses processos, evitando que estejam encarceradas pessoas que não têm necessidade neste momento, ou cujos benefícios ainda não tenham sido conseguidos, ou cuja prisão se mostre desnecessária em razão do histórico dessas pessoas, afirmou Batista nesta terça.

"A princípio, seria um mutirão, mas que tivesse um caráter permanente [...] Nesse primeiro momento, vamos focar em Manaus em razão da situação emergencial. Mas essa força-tarefa estará disponível em outros estados em que situações semelhantes aconteceram", acrescentou.

Em meio a uma crise no sistema penitenciário do país, a capital amazonense registrou a morte de cerca de 60 presos na semana passada, durante rebeliões em presídios. Em um desses motins, 56 presos foram mortos, episódio classificado pelo governo local como "o maior massacre" do sistema prisional estadual.

A crise no Amazonas foi, inclusive, discutida nesta terça em uma reunião em Brasília na qual estavam presentes a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, o ministro Alexandre de Moraes e o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello.

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