Retração

Comércio varejista registrou, em 2016, maior queda em 16 anos

Apesar de ter sido registrado aumento de 2% nas vendas em novembro ante a outubro, atividade retrocedeu 6,6% em todo o país, segundo IBGE

Estadão Conteúdos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
(varejo )

SÃO PAULO - O comércio varejista brasileiro despencou no ano passado: encerrou 2016 com o pior movimento de vendas em 16 anos e retrocedeu para o nível de atividade registrado em 2012. No ano passado, o movimento nacional do comércio medido pelas consultas para vendas a prazo, com cartão de débito, de crédito e com cheque caiu 6,6% em relação a 2015, de acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, que começou a ser apurado em 2001. Até 2015, a maior retração tinha ocorrido em 2002 (-4,9%), ano da crise de energia.

Segmentos menos essenciais e dependentes de crédito tiveram as vendas no varejo mais afetadas no ano passado. O campeão de queda foi o de veículos, motos e peças, que teve retração de 13% Os números da indústria automobilística confirmam o recuou. Em 2016, houve uma retração de 20% nas vendas de carros novos e o volume de vendas voltou para o nível de 2006, com 2,05 milhões de unidades.

De acordo com os dados da Serasa Experian, a segunda maior queda no movimento de vendas ocorreu no segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, com um recuo de 12,6% em 2016 ante 2015. O único setor acompanhado pela Serasa Experian que avançou em 2016 foi o de combustíveis. Rabi diz que houve uma troca das viagens de avião pelo turismo local e de carro, o que influenciou nesse resultado. As vendas de móveis, eletroeletrônicos e itens de informática, que sempre foram os produtos que comandaram o varejo nos momentos de bonança, recuaram 11,1% no ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio.

Aumento

Apesar do quadro desfavorável, as vendas do comércio varejista subiram 2% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro de 2015, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 3,5% em novembro de 2016. Nesse confronto, as projeções iam de uma retração de 3,40% a 6,80%, com mediana negativa de 5,30%.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,60% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio em linha com o teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde um recuo de 1,00% a um crescimento de 0,60%, com mediana negativa de 0,10%.

No varejo ampliado, houve revisão no resultado de outubro ante setembro, que saiu de -0,3% para -0,4%. A taxa de setembro ante agosto passou de 0,0% para 0,1%.





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