SÃO LUÍS - Aconteceu ontem, uma caminhada na Avenida Litorânea de conscientização sobre prevenção de acidentes no mar com o tema “Para que outros possam viver”. A caminhada foi uma homenagem dos amigos e familiares de Mateus Almeida, vítima de afogamento no dia 10 de dezembro, na Praia do Calhau. Segundo o Batalhão de Bombeiros Marítimo (BBMar), o acidente foi ocasionado por uma corrente de retorno, mais comuns em épocas de marés altas.

A concentração foi a partir às 9h30, em frente ao Hotel Vela Mar, próximo ao Restaurante Cabana do Sol, na Avenida Litorânea, região da praia onde aconteceu o acidente. Durante o percurso foram distribuídos material informativo sobre o que são as correntes de retorno e como é possível evitar o afogamento.

Além da homenagem, o objetivo é alertar que existem correntes de retorno no mar que representam um risco para os banhistas. “O que se pretende é que com os recentes acontecimentos na orla marítima da capital, haja uma mobilização para orientar a população de modo permanente com a instalação das sinalizações devidas em cada área onde não é totalmente seguro para o banho”, informou Mariana Martins, uma das organizadoras da caminhada.

Mateus Almeida tinha 19 anos e estava na praia na companhia de amigos no dia 10 de dezembro quando caiu uma maré de retorno. “Esse tipo de corrente não leva a pessoa para o fundo do mar, mas para distante da praia. Nesse caso, a pessoa deve nadar na diagonal ou paralelamente à corrente para que ela consiga voltar a areia, mas Mateus nadou contra a corrente, acabou ficando exausto e se afogou”, conta Jefesson Dias, amigo de Mateus Almeida.

O acidente aconteceu por volta das 16h45. Os salva-vidas do BBMar chegaram à praia cerca de 20 minutos após o afogamento de Mateus Almeida e fizeram buscas até as 22h, mas a vítima já estava morta quando foi encontrada.

Ainda segundo Jefesson Dias, à época do acidente eles não tinham a informações de como agir em caso de correntes de retorno, o que poderia ter salvo a vida de Mateus Almeida. “Nós queremos que as pessoas tenham mais informações sobre os tipos de correntes nas praias de São Luís, que a sinalização de segurança melhore, indicando as áreas mais arriscadas e quais o perigos, que os salva-vidas estejam mais presentes. Isto pode contribuir para evitar acidentes”, comentou.

Mais

Segundo dados do Batalhão de Bombeiros Marítimo (BBMar), de 1º de janeiro a 27 de dezembro de 2016, foram registrados 24 afogamentos nas praias de São Luís.

Assista o vídeo:

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.