Manaus

Temer recua diante das críticas e chama chacina de Manaus de “terrível episódio”

Presidente que vinha sendo criticado pelo silêncio diante do episódio, classificou a situação de “acidente pavoroso”, mudando depois o termo em sua conta no Twitter

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Michel Temer e seu ministro da Justiça, Alexandre de Morais
Michel Temer e seu ministro da Justiça, Alexandre de Morais (Michel Temer e Alexandre Padilha)

BRASÍLIA - Após romper o silêncio em relação à chacina no Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), o presidente Michel Temer classificou o episódio de “acidente pavoroso”. O presidente vinha sendo criticado pela imprensa e pelas entidades de direitos humanos nos últimos dias exatamente pelo silêncio diante da chacina, que deixou 56 detentos mortos, no último fim de semana.

Ontem, diante da polêmica, optou por falar da tragédia em sua conta no Twitter para “terrível episódio”.

Questionado por jornalistas sobre a declaração do presidente, durante coletiva para anunciar os planos de segurança nacional do governo, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta quinta-feira (5) que “ministro não comenta declaração de presidente da República”.

“Não só eu, como nenhum ministro, comenta declaração de presidente”, reiterou Moraes por mais de uma vez, durante a coletiva com os jornalistas.

À tarde, depois de mais críticas, Temer publicou outra declaração, novamente no Twitter, para explicar os sinônimos da palavra 'acidente' e justificar a criticada afirmação: "Sinônimos da palavra 'acidente': tragédia, perda, desastre, desgraça, fatalidade", disse o presidente.

Pela manhã, Temer disse que, diante da situação do sistema prisional brasileiro, R$ 800 milhões serão usados para a construção de pelo menos um presídio por unidade federativa. Os recursos fazem parte do repasse de R$ 1,2 bilhão do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) aos estados, liberado pelo governo federal no final de 2016.

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