Sistema penitenciário

Presidente do TJMA participa de reunião sobre situação carcerária em Manaus

Desembargador Cleones Cunha foi convidado para participar da reunião convocada pela presidente do STF, ministra Cármem Lúcia, com presidentes de tribunais do Norte

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Presidentes de tribunais de Justiça com a ministra Cármen Lúcia
Presidentes de tribunais de Justiça com a ministra Cármen Lúcia (Presidentes de tribunais de Justiça com a ministra Cármen Lúcia)

Diante do histórico de problemas com o sistema prisional no Estado, o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Cleones Cunha, foi um dos convidados a participar da reunião sobre sistema penitenciário convocada pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármem Lúcia, realizada ontem, em Manaus (AM). Uma rebelião ocorrida no último dia 1º de janeiro no presídio Anísio Jobim, na capital amazonense, com a morte de 56 detentos, foi a motivação do encontro, que reuniu todos os presidentes de tribunais de Justiça da Região Norte e o do Maranhão.

“Sabemos que a situação dos presídios brasileiros é complicada. Aqui no Maranhão, nesses dois últimos anos a situação é estável e estamos melhores que se compararmos com os Estados do Amazonas e Pará, que são os maiores da região Norte”, comentou o desembargador Cleones Cunha. Ele apresentou todos os dados estatísticos relacionados ao sistema prisional maranhense durante a reunião, assim como os demais presidentes dos Tribunais.

Presos

De acordo com os dados da Unidade de Monitoramento Carcerário do TJMA, relativos a novembro de 2016, no Maranhão há um total de 12.082 presos. Desses, 4.124 em unidades prisionais da capital, 3.727 em unidades do interior, 276 em APAC’s e 1.130 em delegacias do Estado, além de 2.825 no regime aberto. Em relação à situação dos presos, 5.007 são provisórios e 7.075 definitivos, já em cumprimento de pena.

A tragédia em Manaus (AM), de acordo como o presidente do TJAM, Flávio Pascarelli, relatou na reunião, foi anunciada. “A preocupação é grande e a ministra Cármem Lúcia constituiu um grupo que acompanhará toda a apuração da tragédia anunciada, tendo sido o próprio presidente do Tribunal do Amazonas ameaçado em cartas que saíram de dentro do presídio”, comentou o desembargador.

A rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus (AM) durou mais de 17h. Foram confirmadas 56 mortes pelo Governo do Estado. O complexo tem capacidade para abrigar 1.224 presos, está localizado na BR 174, que liga Manaus a Boa Vista, e a unidade prisional onde foi iniciado o motim tem capacidade de abrigar 454 presos, estando superlotada.

À frente do STF e CNJ, a ministra Cármem Lúcia demonstra grande preocupação com a questão carcerária nacional, tendo alertado para os problemas na área durante reunião com o presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, em reunião realizada em outubro de 2016, em que discutiram um plano nacional de segurança pública.

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