Mesmo com liminar da Justiça, paciente não consegue cirurgia
Valdenice Amorim teve rompimento de aneurisma desde novembro, mas nenhum hospital público da capital realiza o procedimento ou tem leito disponível para receber a paciente, que está no Socorrão I
Desde 26 de dezembro Valdenice Oliveira Amorim luta pela sua vida. Nesse dia, a mulher, de 45 anos, teve o rompimento de um aneurisma cerebral e deu entrada às pressas no Hospital Djalma Marques, o Socorrão 1. Com um vaso rompido, ela foi direto para a UTI e precisou passar por vários exames para avaliar a gravidade de seu estado. Hoje, depende de uma cirurgia para sobreviver, mas os hospitais públicos da cidade não têm condições de realizar o procedimento.
A complicação toda começou no Socorrão I, que não tinha os equipamentos necessários para realizar os exames preliminares. Então, ela teria que ir para o Hospital Universitário Presidente Dutra, cuja máquina está quebrada. Sem condições de realizar o procedimento em um hospital público, a família, segundo Michele Amorim, sobrinha de Valdenice Amorim, precisou fazer uma coleta para pagar o exame em um hospital particular.
Com os exames em mãos, ficou comprovada a gravidade do caso e a necessidade de realizar a cirurgia. Só que o Socorrão não realiza este tipo de intervenção; o Hospital Dutra, federal e referência no Maranhão nesse tipo de situação, não tem leito; o municipal Hospital da Mulher, que também poderia fazer a cirurgia, não tem material e o Carlos Macieira, da rede estadual, também alega não ter leitos disponíveis.
“Minha tia é jovem, só tem 45 anos e está morrendo. Já estouraram três vasos, ela perdeu o movimento do lado direito e no Socorrão I, onde ela está, não se tem muito o que fazer”, afirmou Michele Amorim.
Justiça
A família resolveu, então, procurar a Justiça para conseguir a cirurgia e garantiu duas liminares, uma estadual e outra federal, obrigando o poder público a realizar o procedimento. Mas, até o momento, nenhum órgão público, em nenhuma das esferas, se pronunciou sobre o caso.
O mais intrigante é que a liminar garante que, em caso de não haver vagas em hospitais públicos, o atendimento será em um hospital particular, com todo o custeio pago pelo governo.
De acordo com Michele Amorim, há vaga em um hospital particular da cidade para atender ao caso de sua tia. “O procedimento custa R$ 200 mil, mas nós não temos esse dinheiro. Então, estamos procurando uma forma de garantir que ela continue viva”, finalizou.
A Prefeitura e o Estado foram procurados, mas não responderam até o fechamento desta edição.
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