Aedes aegypti

Casos de chikungunya crescem 2.700% no MA

Grau de letalidade da doença no estado é praticamente o dobro de outras enfermidades, como a dengue, segundo a Secretaria de Estado da Saúde

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42

O número de casos de chikungunya no Maranhão apresentou uma elevação de 2.737% de 2015 a 2016. A informação é da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que apontou ainda que o grau de letalidade da doença no estado é praticamente o dobro de outras enfermidades também causadas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue.

De acordo com a SES, enquanto em 2015 foram 472 casos de chikungunya, em 2016, este número passou para 13.392 casos. Segundo a SES, somente no ano passado, 12 pessoas morreram no estado por causa da chikungunya. Deste total, 10 pacientes residiam em São Luís. Outras duas mortes aconteceram em Caxias.

É necessário e fundamental que a população colabore neste momento, especialmente controlando os focos do mosquito e ajudando as autoridades” Léa Márcia, chefe do Setor de Epidemiologia da SES

A capital maranhense lidera as estatísticas de quantidade de casos, em 2016. Conforme a pasta, foram 1.920 casos da doença. Em segundo lugar, ficou a cidade de Caxias (com 1.201). Outras cidades do estado também tiveram alto índice de ocorrências de chikungunya, como Balsas (826 casos), Paço do Lumiar (580 casos), São Pedro da Água Branca (283 casos), Imperatriz (249) e São José de Ribamar (239). “É uma doença que nos preocupa, principalmente pelo alto índice de letalidade”, disse a chefe do setor de Epidemiologia da SES, Léa Márcia Melo.

Segundo a representante da pasta, é importante que, diante da elevação súbita dos casos de chikungunya, haja um controle vetorial do mosquito Aedes, bem como a colaboração da sociedade. “É necessário e fundamental que a população colabore neste momento, especialmente controlando os focos do mosquito e ajudando as autoridades. Além disso, é primordial uma ação entre diferentes setores, seja na saúde, ou educação, ou mesmo limpeza pública”, frisou Léa Márcia.

Município que preocupa
Outro município que preocupa as autoridades públicas, em relação à chikungunya, é Barra do Corda – distante 290 quilômetros da capital maranhense. Segundo a SES, somente no ano passado foram registradas cinco mortes inicialmente causadas por dengue. No entanto, os casos estão em estudo, já que é possível que os casos sejam de chikungunya. “Estamos em investigação. A cidade de Barra do Corda nos preocupa mais, já que se trata de uma cidade cujo índice de infestação pelo mosquito Aedes é um dos mais altos do estado, juntamente com outras cidades, como São Mateus”, explicou a chefe do setor de Epidemiologia.

De acordo com a gestora, entre os dias 16 e 18 deste mês, será feita uma capacitação com profissionais de saúde em Barra do Corda. “O objetivo é atualizá-los quanto aos novos parâmetros de protocolo da chikungunya”, disse Léa Márcia.

Novo vírus
Especialistas alertam ainda para o aparecimento de uma nova forma de vírus, transmitida pelo Aedes e com casos registrados no país. Segundo a SES, trata-se do mayaro,que pode causar a Febre de Mayaro (doença caracterizada por febre, manchas no corpo, dentre outros sintomas). De acordo com a pasta, até o momento, não há registro do aparecimento deste tipo de vírus no estado. No entanto, o governo está em alerta, já que os casos comprovados desta doença foram registrados em estados próximos, como Goiás e Pará.

Investimentos
Para tratar do controle da doença, o Ministério da Saúde (MS) anunciou esta semana o envio de novos recursos para o estado. De acordo com o Governo Federal, somente a capital maranhense receberá
R$ 1.477.784,40 (divididos em duas parcelas). A cidade de Imperatriz será a segunda do estado a receber o maior valor (R$ 318.204,25).

No total, o estado receberá do MS, para o combate das doenças transmitidas pelo Aedes,
R$ 8.162.038,59.

SAIBA MAIS

Número de casos de chikungunya no Maranhão em 2016
São Luís – 1.920
Caxias – 1.201
Balsas – 826
Paço do Lumiar – 580
São Pedro da Água Branca – 283
Imperatriz – 249
São José de Ribamar – 239

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde (SES)

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